Além dos benefícios já conhecidos, perder peso também ajuda a melhorar a memória. É o que sugere um estudo realizado pelo serviço de geriatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Foram avaliados 22 idosos com idade média de 65 anos e com índice de massa corporal maior do que 30, que já indica obesidade. No início da pesquisa, foram realizados testes específicos para avaliar diferentes domínios da memória, como uso das palavras, capacidade de seguir orientações para realizar tarefas e memória de curta duração.
Durante seis meses, esses idosos tiveram acompanhamento nutricional e realizaram atividades físicas. Depois desse período, repetiram os testes de memória.
Aqueles que perderam mais peso (ao menos 5% do inicial) apresentaram melhoras significativas no resultado das provas.
Segundo os pesquisadores, a perda de massa gorda pode reduzir a resistência à insulina, quadro frequentemente associado à obesidade.
A resistência à insulina também pode atingir os neurônio, daí a melhora da memória. Outra explicação para os bons resultados é a redução da resistência à ação da leptina, que além de ajudar a regular o apetite, facilita processos no cérebro relacionados à memória e à aprendizagem.
Segundo a nutricionista Fernanda Pisciolaro, um cardápio equilibrado é fundamental quando o assunto é a memória. Ela explica que existem alguns nutrientes que são verdadeiros aliados da mente afiada e dá a dica: "ômega 3, zinco, colina e vitaminas do complexo B, são essenciais para a memória", explica.
Fígado, frutos do mar, carnes e gema de ovo são ricos em zinco. Já a colina pode ser encontrada na lecitina de soja, fígado e gema de ovo, enquanto vitaminas do complexo B são encontradas em carnes vermelhas magras e em cereais integrais.