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Polícia rastreia quem teve acesso ao celular de Carolina Dieckmann

O aparelho deverá ser encaminhado à perícia do Instituto Carlos Éboli (ICCE).

Para chegar ao chantagista que revelou as fotos da atriz Carolina Dieckmann nua na Internet, a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) já montou o quebra-cabeça da trilha que pode levar ao criminoso. A pessoa que recebeu um celular antigo da atriz, de onde as imagens podem ter sido tiradas, deverá ser chamada para depor. O aparelho será periciado. Os investigadores rastreiam todos que poderiam ter acesso fácil ao telefone móvel e ao laptop de Carolina.

O aparelho deverá ser encaminhado à perícia do Instituto Carlos Éboli (ICCE). Os investigadores acreditam que mesmo que a atriz tenha apagado as fotos quando doou o celular, as imagens poderiam ser recuperadas com auxílio de programas de informática.

Uma câmera digital e o computador do marido da estrela global, o diretor de TV Tiago Worcman, também podem ser examinados pelos peritos. Foi para ele que Carolina enviou as fotos. As fotos também podem ter sido subtraídas desses equipamentos.

Nesta quarta-feira, o delegado titular da DRCI, Gilson Perdigão, foi ao Ministério Público discutir o pedido à Justiça de quebras de sigilo telefônico e de dados de informática. O objetivo é identificar de que computador partiram os e-mails do chantagista para a atriz.

Ele exigiu R$ 30 mil para manter as fotos em segredo. Ontem, Alex Lerner, empresário da atriz, voltou à delegacia. Advogados dela planejam entrar hoje na Justiça contra o Google, que não retirara as imagens do ar até quarta.

A hipótese de convocar o Capitão Nascimento para prestar depoimento na DRCI não foi descartada pelo delegado Gilson Perdigão. Diante das chantagens, Carolina Dieckmann chamou Rodrigo Pimentel, o comentarista de segurança pública da Rede Globo e ex-PM do Batalhão de Operações Especiais (Bope) que inspirou o personagem de ?Tropa de Elite?.

Pimentel acionou o policial civil Bruno Delia, da Polinter, para agir no caso, que informou o delegado Rafael Willis sobre a ação. Como na ocasião a atriz não quis registrar queixa, as investigações não foram adiante. Bruno e Willis também poderão ser ouvidos.

?A apuração parou porque ela não quis registrar. Mesmo se eles recebessem dinheiro por isso não estariam cometendo irregularidade?, comentou o corregedor da Polícia Civil, Gilson Emiliano.

A perícia no computador da atriz já começou. O trabalho está focado na identificação das movimentações feitas com as fotos divulgadas na Internet. ?Cada arquivo tem uma espécie de linha do tempo: com data da criação e movimentação. Se, por exemplo, detectarmos que as imagens foram copiadas no dia em que ela colocou o computador na loja para reparos, após a hora em que ele foi entregue, isso poderá reforçar as suspeitas do desvio na assistência técnica?, explicou o diretor do Departamento de Polícia Técnica da Polícia Civil,Sérgio Henriques.