O prefeito Eduardo Paes qualificou o preparo da cidade durante o temporal desta segunda-feira, de zero a dez, como "inferior a zero". No Centro de Operações da CET-Rio, no prédio do Detran, no Centro do Rio, Paes classificou as mortes ocorridas no Morro do Borel como fatalidades e, sem especificar alvos, pediu que "os demagogos de plantão" não critiquem futuros reassentamentos de moradores de áreas de risco.
- Sem dúvida, o comportamento da cidade foi muito ruim. Hoje temos 10 mil domicílios em áreas de risco. Esses moradores precisam ser reassentados. Não damos conta de fazer todos esses reassentamentos com a velocidade necessária. Espero que os demagogos de plantão, que só aparecem nessas horas, não venham dizer que estamos tirando pobres de suas casas - atacou o preifeito.
Paes não irá à Favela do Borel, na Tijuca - onde três pessoas morreram por causa das chuvas -, porque ficou retido no congestionamento. A respeito do problema no trânsito, que já dura seis horas, o prefeito afirmou que os agentes da Guarda Municipal estão na rua trabalhando.
- Quem está na rua observa a prefeitura trabalhando, a guarda (municipal) trabalhando. Não temos como manter um agente de trânsito em cada esquina. Em lugares como a Praça da Bandeira, quando há alagamentos, a cidade para.
Paes admitiu ter responsabilidade sobre as consequências do temporal desta segunda-feira:
- Obviamente, temos nossa parcela de responsabilidade. Os problema que estamos vendo são estruturais, que competem à prefeitura resolver. Não adianta vir aqui e dizer que são heranças históricas. Nesta terça-feira, farei uma reunião para avaliar o que poderemos fazer emergencialmente.