As pulseirinhas coloridas de plásticos estão dominando a moda entre as crianças e adolescentes do Rio. Elas "amam" as opções de cores e o fato delas não terem qualquer relação ou conotação erótica, como a proscrita - pelo menos, de escolas públicas e privadas do estado -- "pulseirinha do sexo". Em formato de aspiral, elas são, na verdade, prendedores de cabelos que a garotada preferiu transferir para os braços, ganhando, de forma sutil e com graça, espaço nas escolas e nas ruas. As cores destas "novas" pulseirinhas não possuem nenhum significado; são pôr no braço, ficar colorido e se divertir - sem segundas intenções. As meninas costumar usar no braço de 5 a 10 pulseirinhas coloridas, que podem ser encontradas em feirinhas de bairro e em lojas de bijuterias. Cada unidade custa R$ 0,50 e também podem ser compradas em pacotes com 5 pulseirinhas, que custam R$ 2. As amigas Bruna Monnier e Lara Lins, ambas de 11 anos, contam as brincadeiras que podem fazer com as pulseirinhas. " Podemos trocar entre nós as pulseiras. Às vezes, ela tem uma cor que eu não tenho e a gente troca", explica Bruna. Para Lara, que disse já ter usado a polêmica "pulseirinha do sexo", usar essas "novas" é uma forma de mostrar que não há maldade. " Eu usava a do sexo, mas não sabia do significado. Depois que foi proibida, joguei fora. Gosto mais dessas de aspiral, são bem mais bonitas", disse Lara. Para Denise Lins, mãe de Lara, pulseirinhas coloridas passaram mais tranquilidade. "Fico bem mais calma em saber que estas não têm significados", disse a arquiteta, de 48 anos. Já para Nelsimar Monnier, de 39 anos, as pulseiras em formato de fio de telefone dispensam preocupação. "Foi uma maneira inteligente que o comércio encontrou de continuar vendendo pulseiras coloridas, sem proibição e conotação sexual", acredita a mãe de Bruna.