Para quem quer experimentar diferentes técnicas de rejuvenescimento deve se preparar para dar o sangue a favor da beleza. Isso porque um novo tratamento estético tem como principal medicamento o próprio sangue do paciente. O PRP, plasma rico em plaquetas, é o nome da técnica que consiste em injetar o plasma do próprio paciente para combater a flacidez e amenizar o aspecto das rugas. O procedimento é relativamente simples. Cerca de 200 ml de sangue do paciente são colocados num tubo com citrato de sódio, uma substância que evita a coagulação. Em seguida, o líquido é centrifugado por dez minutos num aparelho específico utilizado em laboratórios clínicos e acrescenta-se cloreto de cálcio, que estimula a ruptura das plaquetas. "Quando as pequenas injeções são aplicadas, as plaquetas se replicam, ativando o processo de crescimento celular. É isso que estimula a síntese de um novo colágeno, principalmente o do tipo 3, que é similar ao de uma criança", disse o médico Erasmo Tokarski, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica do Distrito Federal. Para que o paciente possa se submeter a esse procedimento primeiro é necessário um hemograma em que se constata qualquer alteração sanguínea, uso de medicamentos anticoagulantes ou que possuem infecção ativa, que podem prejudicar o bom resultado do tratamento estético. Mas, de uma maneira geral, o PRP é indicado para todas as pessoas acima dos 35 anos com flacidez moderada, e pode ser aplicado no rosto, colo, pescoço e dorso das mãos. São necessárias, em média, três sessões (uma por mês) sendo que os resultados começam a aparecer 15 dias após a primeira aplicação. A manutenção varia de acordo com o grau de flacidez e pode ser feita a cada seis meses ou um ano. No Brasil são poucas as clínicas de estética que trabalham com o procedimento, e o valor de cada sessão varia entre R$ 800 e R$ 1 mil.