Funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Salvador iniciaram, nesta quarta-feira (23), uma paralisação para reivindicar vínculos trabalhistas, reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho.
Segundo o Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed), 100% dos funcionários participam da paralisação. Além do Samu da capital baiana, o serviço em outros oito municípios que têm o atendimento regulado pelo Samu de Salvador também está afetado.
A Secretaria Municipal de Saúde afirma que, até as 9h15 desta quarta, nenhuma unidade do Samu estava em operação. "Estamos trabalhando e entrando em contato com alguns funcionários para que, até as 10h30, pelo menos sete unidades estejam operando", diz ao G1 o coordenador do Samu, Ivan Paiva. Segundo Paiva, o Samu possui 41 unidades.
Na terça-feira (22), profissionais do Samu se reuniram com representantes da Secretaria Municipal de Saúde, que apresentou algumas propostas às reivindicações. Segundo a proposta, de acordo com a Secretaria, os vínculos trabalhistas seriam definidos após concurso público; o reajuste salarial seguiria o piso salarial dos servidores no Plano de Cargos e Vencimentos dos Servidores da Saúde (PCVS), observando as equivalências; e em 120 dias seriam feitas as intervenções necessárias para as melhorias nas condições de trabalho dos profissionais do Samu.
?Foram quatro horas de conversas, mas o secretário não apresentou nenhuma proposta clara de reajuste. Ele apenas fez referência ao plano de carreira, que vai beneficiar profissionais que estão há muitos anos em atividade. Optamos pela greve, por tempo indeterminado, até que uma nova proposta seja apresentada?, afirma José Cayres, presidente do Sindimed.
Segundo Cayres, o telefone do 192 do Samu está indisponível. Os funcionários que estão em greve devem se reunir, no início da tarde, na Praça da Piedade, de onde partirão em caminhada até a Câmara Municipal.