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Em entrevista, Paulo Rocha diz: "Sinto falta do meu pai, e amigos"

Durante todo o papo, aliás, o ator faz referências ao pai, José Manuel Costa Reis, e faz questão de mostrar toda a admiração que sente por ele

O português Paulo Rocha está fazendo sucesso como o Guaracy de "Fina Estampa", mas talvez esta seja a única oportunidade dos brasileiros acompanharem seu trabalho. Em entrevista ao EGO, feita em um dos lugares mais bonitos do Rio, o bonitão confessa que já sente saudade de seu país e de seus amigos e conta que o pai não quer que ele continue por aqui.

"Como posso falar isso sem ficar feio? Sinto saudade sim... Do meu pai, dos meus amigos, do país em si. Mas ainda não estou na fase de sentir falta dos lugares. São só três meses longe de casa... Não sei como vou me sentir depois de mais três meses", pondera Paulo, que não gosta de fazer planos. "Não pensei muito se continuo por aqui ou não. Acabei de chegar! Ainda estou conhecendo os lugares, as pessoas. Essa não é uma escolha que se faça rapidamente e eu não gosto de me precipitar. É meio idiota pensar em uma coisa que só vai acontecer daqui a seis meses. Além disso, meu pai me deu muito apoio para vir, mas falou que, se eu ficar aqui depois, vai me buscar pela orelha. Imagina a cena! Um homem de 35 anos sendo arrastado pelo aeroporto assim", diverte-se.

Durante todo o papo, aliás, o ator faz referências ao pai, José Manuel Costa Reis, e faz questão de mostrar toda a admiração que sente por ele. Perguntado se tinha deixado algum amor para trás, ele fez uma verdadeira declaração de amor a ele: "Só deixei o amor do meu pai, de quem eu sinto muita falta. Tenho uma relação muito próxima com ele. Temos nos falado todo dia por Skype".

Vida de carioca

Antes de vir ao Rio para visitar o Projac e conversar com Aguinaldo Silva e a equipe da novela, em novembro do ano passado, Paulo nunca tinha vindo ao Brasil. Agora, ele mora em um apart hotel em uma das áreas mais nobres do Leblon, na Zona Sul carioca, e se diverte conhecendo restaurantes, teatros e noitadas com os colegas quando a agenda permite.

"Tinha vontade, quase uma obrigação, de vir ao Brasil. Meus amigos me faziam crer que eu era o único que ainda não conhecia o país. Mas minha primeira experiência aqui foi molhada! Choveu torrencialmente em cinco dos oito dias em que fiquei. E, ironicamente, os três dias de sol foram os que eu tive que ir para o Projac ", ri o português, admitindo: "Ainda não conheço tantos lugares. Estou conhecendo aos poucos e através dos amigos. Quero fazer o que os cariocas fazem, não visitar pontos turísticos. O único programa de turista que estou planejando é saltar de asa delta".

Alguns de seus principais "cicerones" na cidade são os colegas Malvino Salvador e Sophie Charlotte, que atuam diretamente com ele na trama e são seus vizinhos. Além do casal, o ator conta que tem uma relação muito próxima com Lilia Cabral, que faz seu par romântico.

"A Lilia é ótima! Foi querida desde a primeira vez que nos vimos e nós funcionamos muito bem em cena. É maravilhoso trabalhar com bons atores. Ela, além de ótima profissional, é uma pessoa boníssima e isso é uma condição indispensável a um bom ator", elogia.

Novela

Em relação à novela, Paulo também é só elogios. Ele conta que, a princípio, ao receber o convite de Aguinaldo para atuar em seu novo trabalho, achou que era apenas uma gentileza do autor. E confessa que ficou surpreso com a estrutura que o Projac oferece.

"O convite do Aguinaldo surgiu em 2009. Ele falou com a minha agente e disse que ia escrever o personagem para mim. Estou muito feliz com o papel e com os meus colegas. É ótimo quando isso acontece", comemora, ressaltando que não vê muita diferença entre seu ritmo de trabalho aqui e em Lisboa. "A grandiosidade do Projac me surpreendeu, a capacidade técnica. Acho que não tem nada parecido em Portugal nem no mundo. Só Hollywood e Bollywood (na Índia). Mas, tirando isso, o produto é igual. Não estou sentindo nenhuma grande oscilação pois falamos a mesma língua e eu continuo fazendo as mesmas coisas", diz.