Sophie Charlotte estará entre dois reais amores na novela Fina Estampa: o atual namorado, Malvino Salvador, e o ex Caio Castro, com quem fez Malhação em 2008. Na história, ela vai ser irmã dos dois, todos filhos de Griselda, vivida por Lilia Cabral. Estreando no horário nobre aos 22 anos, ela ainda não pensou como vai ser administrar essa relação.
O DIA - É a sua grande estreia no horário nobre. Sente algum frio na barriga?
Sophie Charlotte - O frio na barriga sempre vai existir, mas sei que cada passo tem a sua importância. Agora, com a mudança de horário, vem mais responsabilidade. Mas acho que tenho feito uma caminhada constante e com passos do meu tamanho. Estou gostando da construção do meu início de carreira.
O DIA - Você foi figurante de Malhação duas vezes até fazer a protagonista Angelina, em 2008. Como foi essa espera?
- Nossa, fazia testes para Malhação todo ano. Até que finalmente entrei para o elenco. A espera é natural e é um grande aprendizado.
O DIA - Em Fina Estampa, você vai contracenar com seu ex-namorado Caio Castro e o atual, Malvino Salvador. E eles serão seus irmãos. Como está lidando com essa coincidência?
- Ainda não sei como vai ser isso, mas estou muito feliz.
O DIA - Já conhecia a Lilia Cabral?
- De vista, mas não tínhamos contracenado. A Lilia é supercompetente e muito generosa.
O DIA - Sua personagem Maria Amália é uma jovem de estilo romântico, parece uma menina-moça. Você também é assim?
- Na trama, ela tem 18 anos, eu tenho 22. Mas diria que nossos estilos se misturam. O ator tem isso, sempre leva para casa alguma coisa da personagem.
O DIA - Isso inclui o figurino?
- Ah, sim, claro. Ganhei um lado mais sensual depois que fiz a Estéfany de Ti-ti-ti, por exemplo.
O DIA - Acha que essa personagem a levou para uma novela do horário nobre?
- Quando estava gravando Ti-ti-ti, já sabia que estava reservada para um papel na trama do Aguinaldo. A princípio, faria a Vanessa, personagem que agora é da Milena Toscano. Depois, mudou tudo. Mas não sei se atribuo isso a Estéfany. A novela fez muito sucesso. Talvez tenha ficado mais exposta.
O DIA - É a primeira vez que atua numa trama de Aguinaldo Silva. O que acha dele?
- Ele é um mestre em escrever sobre personagens. Acho que é unânime em todo o elenco como o texto é bem escrito. Ele cria uma relação diferente com cada personagem. Não é um texto que é só ler. Você precisa se entregar, se debruçar mesmo. Muitas vezes, ele diz no texto "te odeio" quando quer dizer eu "te amo".
O DIA - E a Maria Amélia vai mesmo amar o Rafael, personagem do Marco Pigossi?
- Ela é uma menina inexperiente quando o assunto é o amor. Mas acho que vai ser um rompante de uma paixão avassaladora. Uma coisa de pele.
O DIA - E vão ter cenas de sexo?
- Escancarado, acho que não. É uma personagem muito leve, de muito caráter. A Amália é uma grande mocinha, acho que não caberia esse lado.
O DIA - Como ela lida com o jeito masculinizado da mãe, Griselda, vivida por Lilia Cabral?
- Ela não a julga. É uma grande aliada da mãe e, ao mesmo tempo, a figura mais feminina da casa. Batalhadora, ela vende cremes de porta em porta para ajudar na renda mensal. É a grande liga da família.
O DIA - É notório como ela é tão diferente da ambiciosa Estéfany de Ti-ti-ti, não é?
- Mas isso é muito bom para mim. O ideal é ser sempre diferente um trabalho do outro, brincar com todas as facetas e não ser tachada por interpretar apenas um tipo. Estou muito feliz com essa oportunidade.