Uma apresentação de dança contemporânea que transcende e reflete os sentidos dos espectadores. Uirapuru, criação do Estúdio Demolition Incorporada, de Teresina, teve ontem (18) sua estreia em Teresina, no Teatro Municipal João Paulo II, no bairro Dirceu, onde o público teve o presente de receber uma apresentação de gala, depois de mais de dois anos de pandemia com portas fechadas para os eventos artísticos presenciais.
Nesta quinta-feira (19) é a segunda e última apresentação no país, pois a companhia seguirá em breve para Portugal, onde terá apresentação em Porto e depois na França, em junho.
Com criação do coreógrafo, bailarino, diretor, professor e pesquisador piauiense Marcelo Evelin, Uirapuru é um espetáculo cheio de encantos, de leveza, de um olhar profundo, que mexe com a visão, a audição, o tato e até as vibrações cerebrais de quem for assistir, afinal os seis bailarinos entram no palco para uma dança a partir de um gesto corporal que se desenvolve em passos e ritmos pelo palco, quase que nos hipnotizando e trazendo a cada um suas próprias sensações.
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E nesse gesto dos seis bailarinos, a iluminação do sol compondo o cenário e o comedouro de pássaros suspenso no cenário compõem todo o conjunto da obra, não esquecendo, claro, da dramaturgia nos bastidores do teatro do artista cearense Luís Carlos Garcia, músico e imitador de pássaros, que leva à plateia vários cantos de pássaros que habitam nas matas do Nordeste e do Norte do Brasil.
Essa harmonia de dança, luzes e sons transmite a proposta do espetáculo e não resume, mas nos remete ao Uirapuru e sua beleza. Através de seu canto de rara beleza, uirapuru é um cantador da Amazônia Brasileira e tem no imaginário popular toda a estória que o cerca de lendas, de amor e de poesia, fazem do espetáculo uma proposta de arte pura.