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Antes de morrer, Hebe foi condenada a pagar indenização à mulher de Chitãozinho

Com a morte de Hebe, no último dia 29, o processo deve ser suspenso até que seu espólio seja integrado à ação

Um dia antes de Hebe Camargo morrer, a Justiça condenou a apresentadora a pagar 300 salários mínimos (R$ 186.600 mil) de indenização por danos morais à mulher do cantor Chitãozinho -- da dupla Chitãozinho e Xororó --, Márcia Alves. A condenação, publicada na última sexta-feira (28), ainda determina o pagamento de R$ 37.320 mil para cobrir as despesas processuais e os honorários do advogado de Márcia Alves. Ao todo, a condenação supera os R$ 223 mil.

Com a morte de Hebe, no último dia 29, o processo deve ser suspenso até que seu espólio seja integrado à ação. Ainda cabe um recurso, e caso a decisão seja mantida, o valor da condenação deverá ser abatido da herança.

Hebe foi condenada por comentários que fez em seu programa, no final de 2000, sobre a separação do cantor Chitãozinho com a sua então mulher Adenair, para namorar com Márcia Alves, dançarina do Grupo Banana Split. Ao receber Adenair, quer foi casada por 18 anos com o sertanejo, Hebe atacou os homens que "largam a família e os filhos porque pensam que estão apaixonados por uma Capitu", numa referência à prostituta da novela "Laços de Família", exibida pela Rede Globo.

De acordo com o processo, a condenação também é devida porque a cópia do programa anexada ao processo comprova que Hebe chamou Márcia Alves de "daquela coisa"; "falsa"; "daquela moça"; "garota de programa"; "Capitus da vida" e "frequentadora do Café Photô", famosa casa de prostituição de São Paulo.

Durante o programa, a apresentadora ainda aproveitou a presença do casal de filhos de Adenair e Chitãozinho para perguntar o que eles achavam da atual namorada de seu pai. Uma das crianças respondeu que não tinha ?nada contra a moça", e concluiu: "Só quero que meu pai seja feliz."

Para a Justiça, ?a requerida [Hebe] não poderia realizar um programa com estes questionamentos, perante o ex-cônjuge e seus filhos, sem correr o risco de partidarizar posicionamentos de crianças, em relação ao pai e sua companheira?.

Também concluíram os desembargadores que, na ausência de Márcia Alves, Hebe fez com que a dançarina fosse ?condenada por antecipação, nada obstante enxovalhada e agredida psicologicamente?.

Cláudio Pessuti, sobrinho de Hebe Camargo, disse que não comentaria a decisão porque ainda não tinha conhecimento dela.

Márcia Alves e Chitãozinho estão junto até hoje e têm um filho, Enrico, nascido em 2002.