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Veja como aumentar segurança em casas durante as férias

Especialistas dão dicas de como agir durante as festas e antes de viajar.

Com as férias se aproximando, é comum que aumente a movimentação de pessoas em condomínios e que muitos moradores viajem logo depois das festas, deixando suas residências vazias. Ou seja, a época é um "prato cheio" para quadrilhas especializadas em furtos e arrastões. Por isso, especialistas alertam para que os cuidados com a segurança sejam redobrados neste período do ano.

Para a gerente da administradora de condomínios Lello, Angélica Arbex, existem algumas "atitudes básicas que fazem a diferença". Uma delas é nunca deixar a chave do apartamento na portaria do prédio quando viajar. Se precisar que alguém tenha acesso à residência para, por exemplo, regar plantas ou cuidar de um animal de estimação, deixe uma cópia com um amigo ou parente próximo.

A segurança do prédio também fica mais frágil com o aumento do número de visitantes durante as festas de final de ano. Por isso, para aqueles que receberão familiares e amigos em casa, Angélica recomenda que seja entregue na portaria uma lista com o nome dos convidados e com o número de pessoas que acompanhará cada um deles.

- Mas isso não impede a necessidade do anúncio. A chegada de cada visitante deve ser avisada ao morador. A principal fragilidade de um condomínio é a portaria. É por onde todas as invasões começam.

Angélica reforça que o maior cuidado que se deve tomar é em relação à identificação de visitantes na portaria. Nesta época do ano, também aumenta o número de entregas aos moradores. São presentes de Natal, cestas, flores.

- Não se pode permitir o acesso do prestador de serviço à parte interna do condomínio. Esse material só pode ser entregue se o morador estiver em casa e descer para recebê-lo. Se ele já sabe que não vai estar em casa, deixa o porteiro avisado e o funcionário pega pelo passa-volumes. Não adianta ter um super circuito interno e gastar uma fortuna com monitoramento, se você tem uma identificação de visitantes frágil.

Viagem

Manter a discrição também é fundamental quando se vai viajar. A orientação é para que o morador não comunique aos funcionários da casa para onde vai nem por quanto tempo ficará fora.

- Uma empregada pode comentar inocentemente com alguém de fora, que pode ter uma outra intenção. É mais uma questão de preservação da privacidade. Principalmente nos condomínios de alto padrão.

Ao longo deste ano, 21 condomínios foram alvo de arrastões, segundo o Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado). Até agora, 37 criminosos foram presos.

Quem mora em casa e vai viajar tem que tomar cuidado para que não seja possível perceber que o imóvel está vazio, alerta do capitão da Polícia Militar de São Paulo José Elias de Godoy. Luzes apagadas e o jornal que se acumula na porta são algumas pistas que podem chamar a atenção de bandidos.

- Tem que colocar temporizadores ou fotocélula nas lâmpadas para que elas apaguem durante o dia e acendam a noite. Se deixar uma lâmpada acessa na sala, a pessoa passa à noite e vê que está acesa. Passa de dia e vê que está acesa também. Em dois dias, ela percebe que não tem ninguém. Também tem que suspender a entrega de revistas e jornais.

Para Godoy, algumas dicas valem tanto para quem mora em prédio quanto para quem vive em casa. Uma delas é avisar a um vizinho ou amigo de confiança que estará viajando e por quanto tempo ficará fora. Também é importante deixar um telefone para que essa pessoa possa entrar em contato caso aconteça alguma coisa.

- Isso porque, se ele perceber qualquer movimento estranho, qualquer pessoa rondando a residência, ele tem como chamar a polícia e entrar em contato com o dono da casa.