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Veja como escapar das escovas progressivas que possuem formol

Qualquer produto que modifique a estrutura do fio precisa, obrigatoriamente, de um registro para ser comercializado.

Atenção amantes do cabelo alisado: apesar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter proibido há cerca de dois anos o uso do formol como alisante capilar, ainda existe muita empresa lançando mão da substância tóxica e cancerígena em suas escovas progressivas ou inteligentes. ?Para burlar a fiscalização, esses fabricantes apenas notificam seus cosméticos junto ao órgão de saúde, como se eles fossem um simples xampu, condicionador, sabonete ou hidratante?, conta a engenheira química Camila Cerdeira.



Segundo a farmacêutica Erica França Costa, especialista em regulação de vigilância sanitária, da Anvisa, qualquer produto que modifique a estrutura do fio precisa, obrigatoriamente, de um registro para ser comercializado. ?O desrespeito a essa prática é considerado crime contra a saúde pública, cuja pena varia de dez a 15 anos de reclusão, além de multa?, afirma a farmacêutica.

A especialista lembra que o uso do formol na indústria cosmética só é permitido como conservante, ou seja, na concentração máxima de 0,2% a fim de evitar a proliferação de micro-organismos dentro da embalagem. ?Só para ter uma ideia, para conseguir alisar os fios a concentração de formol precisa ser superior a 5%, podendo chegar a 20%?, observa Camila Cerdeira.

Alternativas disponíveis no mercado

Um novo tipo de alisamento, conhecido como escova de carbocisteína, vem sendo apontado como o verdadeiro substituto do formol, mas de acordo com a Anvisa, a substância nada mais é do que um aminoácido que constitui a fibra capilar e, por isso, tem apenas ação condicionante e fortalecedora. O que na verdade é adicionado à fórmula para alisar é o glutaral, que é da mesma família do formol e só está liberado para uso como conservante e numa concentração máxima de 0,1%. ?Apesar de não ser proibido e os estudos sobre a nocividade do glutaral ainda não terem sido concluídos, há indícios de que ele seja tão nocivo quanto o formol?, alerta a farmacêutica Erica França Costa.