Vera Fischer promete polemizar com o lan?amento de sua autobiografia "Vera - A pequena Moisi", da Editora Globo, no pr?ximo dia 10, na Livraria Travessa de Ipanema, no Rio.
Em trechos do livro publicados na coluna de Bruno Astuto, do jornal "O Dia", a atriz confessa, entre outras coisas, ser adepta de "maldades" e "pervers?es" no sexo e ter desejado a morte do pr?prio pai.
DESEJO DE MORTE
"Um dia - eu j? era adolescente -, cursando o cl?ssico ? noite, matei aula com um namoradinho. O pai do namoradinho tinha uma Kombi, de modo que n?s passe?vamos de Kombi. Quando cheguei em casa, meu pai me esperava na porta da loja, com as pernas abertas e m?os na cintura. Saltei da Kombi j? sabendo que o fim do mundo estava pr?ximo. Ele me deu um soco na cara que fez a minha peruca voar longe".
"Eram os anos 1960 e as perucas estavam na moda. Naquele dia, eu estava com uma peruca Caetano Veloso, ou seja, black power, s? que loura. A peruca foi parar no esgoto. Eu subi para o quarto e escrevi no meu di?rio: "Vou matar meu pai". N?o precisei faz?-lo. A vida se encarregou disso. Ele morreu de c?ncer"
SEXO E LITERATURA
"Ningu?m me viu chegando com os pacotes ? ou se viu, n?o se importou. Tranquei a porta do quarto, vesti um pijama, deitei na cama e comecei a manusear os livros, um por um.
Primeiro as capas (adoro capa de livro interessante), depois como se chamavam. Os t?tulos das publica?es me levam a pensar em mil coisas. Muitas vezes, por causa deles, escolho o que vou ler primeiro. Sua alteza real, de Thomas Mann; O lobo da estepe, de Hermann Hesse; Os 120 dias de Sodoma, do Marqu?s de Sade, entre outros. Comecei logo com Sade. Coloquei os pacotinhos de chocolate de um lado e os amendoins do outro. Ia lendo e comendo, uma verdadeira lux?ria.
O livro do Marqu?s (de Sade) excitou todos os meu sentimentos, experimentei uma forte vontade sexual e toda a minha libido veio ? tona. Henry Miller provocou o mesmo efeito. Com esses livros, percebi que o sexo para mim estava aliado ?s maldades, ?s pervers?es, ?s maldi?es".