Após agredir a mulher, Pamella Holanda, DJ Ivis foi demitido da empresa Vybbe em que fazia parte, na noite de domingo (11/7), pelo cantor Xand Avião, que disse não compactuar com as atitudes do compositor.
Em vídeo publicado no Instagram, Xand se disse surpreso pelas notícias sobre Ivis. “Eu não admito e nem compactuo com nenhum tipo de violência. E ainda mais com uma mulher. Nada explica,” disse ele.
Xand ainda disse que irá prestar ajuda à mulher. “Já designei minha equipe inteira para falar com ela e ajudar no que ela e a criança precisarem. Estou muito triste, porque todos sabem da minha relação com o DJ, mas repito: nada justifica violência contra a mulher. Infelizmente não tem como ele continuar”, finaliza.
Pouco depois do pronunciamento de Xandy, a Vybbe também divulgou nota em seus perfis oficiais manifestando repúdio à agressão. A produtora informou que o DJ foi "afastado de todos os seus compromissos" e que acompanhará com atenção os desdobramentos do caso. Veja o comunicado na íntegra:
"Diante dos últimos acontecimentos, queremos deixar claro que a Vybbe repudia todo e qualquer tipo de agressão. Assim como vocês, também fomos surpreendidos com os vídeos postados nas redes sociais. Diante disso, informamos que o DJ Ivis foi imediatamente afastado de todos os compromissos . Acompanharemos com atenção os desdobramentos deste caso. A Vybbe reitera seus valores de respeito às mulheres, presta solidariedade a todas as vítimas de violência e orienta que denunciem todo e qualquer episódio vivido ou presenciado pelo número 180".
Famosos e políticos repercutem o caso
A reação às cenas de agressões do DJ Ivis contra a sua esposa Pamella Holanda foi imediata nas redes sociais. A cantora Solange Almeida foi uma das primeiras a se pronunciar sobre o assunto. Em vídeo divulgado no Instagram, ela fez uma reflexão sobre os principais sinais de violência contra a mulher e alertou sobre a importância de denunciar.
“O amor não dói, não oprime, não agride, não te deixa para baixo, nem com marcas psicológicas, muito menos física. Tá tirando o sono, sua paz, você sofre ameaça? Não se acostume com maus tratos! Não se acostume com o que é tóxico! Ao primeiro sinal de se sentir acuada e com medo, abra os olhos. Amor com violência é doença. A qualquer sinal, denuncie!”, afirmou a cantora.
Quem também se pronunciou sobre o assunto foi o influencer Carlinhos Maia, que em seu perfil no twiter escreveu: “Homem que bate em mulher não! Não, não, não!”, repetiu. A também influenciadora Gessica Kayane, a Gkay, manifestou solidariedade à Pamella. “Forças e parabéns pela coragem. Estamos com Você!”
O caso também foi comentado por políticos, como o deputado estadual cearense Guilherme Landim (PDT), classificou as agressões como “inaceitáveis”, e a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), que pediu a prisão de Ivis. “Este agressor merece cadeia. É um monstro!”, escreveu a parlamentar em seu Instagram.
DJ se pronuncia
Depois de horas de silêncio, DJ Ivis foi às redes sociais para se pronunciar sobre o caso. Em sequência de stories divulgados no seu perfil do Instagram, o músico admite as agressões registradas nos vídeos, mas tenta se justificar.
“Infelizmente não temos vivido uma relação saudável há algum tempo e já faz uma semana que estamos separados de fato. Estamos tentando de todas as maneiras que tudo isso tenha uma solução", disse, revelando ainda que teria registrado um Boletim de Ocorrência contra a esposa no dia 12 de março por causa de uma suposta discussão em que ela não teria aceitado o fim do relacionamento, proposto por ele.
Ainda segundo o DJ, Pamella “ameaçava se jogar do condomínio e sumir com a filha". O artista encerrou sua versão afirmando que “tudo será devidamente provado e esclarecido com o tempo".
Polícia vai abrir investigação
Em nota divulgada à imprensa na noite de hoje, a Polícia Civil do Ceará informou que deve apurar o caso como lesão corporal. O órgão informou que o caso só foi registrado pela esposa de Ivis no dia 3 de junho, dois dias após a agressão, o que não permitiria a prisão em flagrante. Também ressaltou que as imagens das câmeras de segurança, que comprovam as agressões, não tinham sido apresentadas às autoridades policiais até então.