O ator Sérgio Mamberti, que morreu nesta sexta-feira (3) aos 82 anos por falência múltipla de órgãos, dedicou-se por mais de 60 anos à arte e à cultura brasileiras por meio de diversas atividades: foi ator, diretor, produtor, autor, artista plástico e ocupou vários cargos políticos no Ministério da Cultura.
O artista nasceu em 22 de abril de 1939, na cidade de Santos, litoral de São Paulo. Em 1964, casou-se com Vivien Mahr, com quem teve três filhos: o também ator Duda, o diretor Fabrício e Carlos. A esposa morreu em 1980. Depois disso, Mamberti teve um companheiro por 37 anos, Ednaldo Torquato, que morreu em 2019.
Mamberti se formou pela Escola de Artes Dramáticas da Universidade de São Paulo (USP) em 1961 e logo iniciou sua carreira no teatro. Sua primeira peça profissional foi “Antígone América”, com texto de Carlos Henrique Escobar e direção de Antônio Abujamra.
Fez diversas novelas
Mamberti reinou nas novelas. Um de seus primeiros papéis de destaque foi como João Semana em “As Pupilas do Senhor Reitor” (1970). Depois disso, atuou também em , “Brilhante” (1981), “Anjo Mau” (1998), “O Profeta” (2007), “Flor do Caribe” (2013), “Sol Nascente” (2016), entre outras. Seu maior sucesso foi o mordomo Eugênio na clássica “Vale Tudo” (1988).
Carreira política
Mamberti era filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) e teve atuação intensa durante os mandatos do ex-presidente Lula. Presidiu três secretarias no Ministério da Cultura: Música e Artes Cênicas; Identidade e Diversidade Cultural; e Políticas Culturais. Também foi presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte).