O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, revelou que a pressão externa e ameaças foram o estopim para a saída de alguns jogadores desde sua passagem pelo clube. Antes do clássico, houve manifestações por parte dos torcedores contra a presidente Leila Pereira e integrantes da diretoria, incluindo o diretor de futebol Anderson Barros.
Jogadores que estavam sob pressão dos torcedores recentemente deixaram o Palmeiras. Isso incluiu o meia Bruno Tabata e os atacantes Rafael Navarro e Gabriel Veron. Sem mencionar nomes, Abel criticou a tendência à idolatria que pode se tornar um problema quando os resultados no campo não correspondem às expectativas.
“Se vocês prestarem atenção de quando chegamos, como era o plantel e como é, se você olhar quantos saíram: Jorge, Danilo, Scarpa, Veron, Merentiel, Tabata, Navarro... Alguns saíram por não aguentar a pressão de jogar aqui e pediram para sair, porque estavam tendo a família ameaçada. Falaram comigo, e eu entendo isso. Quando o jogador fala que não quer jogar mais no clube, eu entendo. Pediram para sair e saíram”, descreveu o técnico.
A escassez de contratações tem sido uma das principais pautas dos protestos entre os torcedores contra a administração atual. Depois de perder jogadores importantes, como Danilo e Gustavo Scarpa, que foram negociados este ano, o Palmeiras fez apenas duas contratações para suprir as lacunas: o volante Richard Ríos e o atacante Artur.
“O clube foi claro, há dividas que precisam ser pagas, não é por gastar mais. Há exemplos de clubes que se reforçaram e não ganharam. Honestamente, hoje estamos sendo vítimas de tudo que fizemos e da expectativa que criaram”, comentou Abel.
“Existe planejamento desde que eu cheguei. A temporada é sempre preparada durante o ano anterior. Sempre passo minhas necessidades para eles (dirigentes) e sei que tenho necessidades, mas o clube também tem suas necessidades, ninguém garante nada. Não posso mentir, quando olhamos para todos que saíram perdemos maturidade, peso”, concluiu.