Depois da derrota por 1 a 0 para o Fluminense na semifinal da Taça Guanabara, Abel Braga lamentou o resultado e a eliminação do Flamengo. Em entrevista coletiva no Maracanã, o técnico rubro-negro absolveu Arrascaeta após erro no lance que originou o gol tricolor.
- Arrascaeta é um jogador de gabarito. Foi infeliz em um lance. Não é uma falha que tira o que tem ele de valor. Já ando pensando na frente. Agora precisa ser acarinhado. Quem sabe no próximo jogo (contra o Americano) já comece de início
Abel ainda destacou chances criadas e disse que o revés veio de uma infelicidade. Para ele, o time deve tirar lições do resultado.
- Tivemos situações claras. Meu goleiro fez uma defesa. O Fluminense ficou no jogo deles de ficar com a bola, e não criou. Tivemos uma infelicidade, o jogo já estava quase terminado. Mas é o futebol. Tem que vir sofrimento, dor. Aí vem o aprendizado. Não conseguimos fazer o gol.
Veja outras respostas de Abel Braga:
Análise da partida
- Se o adversário venceu, teve mérito. Luciano pediu para sair, mas já tinham feito três. Não pegou bem na bola. O Bruno Henrique jogou bem. Já está visado. Não vamos crucificar ninguém. Agora nossa preocupação é não deixar que caia nos ombros do Arrascaeta. Eu não acredito em grandes conquistas com coisas fáceis. Hoje foi um daqueles dias que marcam. Mas a gente levanta
Derrota não pode abalar
- Não pode abalar. Ainda mais pela maneira que foi. Meu goleiro fez uma defesa. Flu tem o jogo de tocar, tocar... Faltando meio minuto... Não temos que achar que está tudo errado ou culpar alguém. Temos que dar força porque queremos coisas grandes.
Exibição ruim
- Não fizemos uma grande exibição. Um ou outro não estiveram muito bem. Nós não pensamos em dois resultados. Sabíamos o jeito de jogar do Fluminense. Tivemos contra-ataques, mas não conseguimos. Erramos. Mas o adversário tem virtudes. Ataque é rápido. Neutralizamos bem. Tinham a bola, mas não nos espaçamos. Mas erramos o último passe.
Gabigol
- Gabriel fez uma partida muito boa. Muita movimentação, correu muito. No lado direito, conseguiu criar. O Bruno não foi substituído porque não estava bem. Ele teve cãibra. Achamos que seria melhor o Gabriel pela velocidade, não significa dizer que será sempre assim.
Diego, Gabigol, Éverton Ribeiro... Abelão precisa definir um time e apostar nele — Foto: Jorge R Jorge/BP Filmes
Foco na Libertadores
- Dia 5 (de março) é nosso principal foco. Na altitude. Temos colombianos que se acostumaram a jogar nessa condição.
Jogo "anormal"
- Foi um jogo confuso, faltoso... Muita discussão. Foi anormal. Por tudo que aconteceu, nada será mais importante do que a solidariedade. Os clubes se solidarizaram e todos devem se sentir campeões. Não estou justificando nada. Não sei se o jogo foi atípico por isso.
Emoção pelas homenagens
- Nós homenageamos, assim como o Fluminense. A semana foi difícil. Alguns momentos tivemos descontroles. Não sei se era excesso de vontade. Quando perde o equilíbrio é complexo. Claro que foi mais difícil para o Flamengo, porque o convívio era diário.
- Sei o sentimento dos jogadores. Queriam a vitória e a classificação, depois o título para oferecer aos meninos. Não aconteceu. Mas não muda nada. A derrota é desagradável, mas a dor da perda é incomparável.
Força do elenco
- Vamos tentar primeiro é ter uma equipe que o torcedor saiba que é titular. Apesar de usarmos times diferentes. No Flamengo, com a torcida que tem, que faz coisas espetaculares, querem vencer tudo. Acredito que coisas importantes vão acontecer.
- Temos um banco muito bom. Ofensivamente é até difícil, muita qualidade. O trabalho está sendo gratificante, sentimos isso no dia a dia. É a primeira derrota. Seria bom disputar o segundo título, mas não aconteceu. São detalhes que fazem crescer.