Nos últimos dois meses, após sobreviver à queda de avião que matou 71 pessoas na Colômbia em novembro, o zagueiro Neto, da Chapecoense, teve não só de reaprender a comer, a beber água e a andar, mas também a frequentar a Arena Condá sem a maioria dos companheiros de time, que foram vítimas do acidente.
Neto é fonte de força e inspiração para o "verdão" catarinense, que agora procura se reerguer com apenas três jogadores da composição antiga e mais de 20 nomes contratados para levar a história do time adiante.
Nas últimas semanas, ele tem acompanhado a chegada dos novos jogadores da Chapecoense e a enorme expectativa em torno do amistoso de estreia contra o Palmeiras, neste sábado.
Haverá uma homenagem às vítimas do acidente antes da partida, com entrega de medalhas a seus familiares, e participação dos três jogadores que sobreviveram - além de Neto, Alan Ruschel e Jackson Follman.
"Vai ter muita emoção. Vai ser uma sensação estranha, porque vou ver de novo algumas esposas (viúvas dos jogadores) que frequentavam a minha casa, seus filhos brincavam com os meus antes dos jogos, nossas famílias conviviam muito", diz em entrevista à BBC Brasil.
"E também quando a bola rolar aqui... É uma coisa que só vivendo. A gente não imagina o que eu vi nem em filme. É uma montanha de emoções."