Em semana de final de uma competição nacional que dá vaga na Copa Libertadores da próxima temporada, não tem jeito: torcedores dos times envolvidos e fãs do futebol só falam na decisão. E nesta semana não poderia ser diferente. Rubro-negros de Flamengo e Atlético-PR vivem a expectativa do jogo desta quarta-feira, às 21h50, no Maracanã, que vale o título da Copa do Brasil.
E o clima decisivo pega até quem não se envolvia com o futebol há algum tempo. Ídolo do Flamengo na última conquista nacional do time ? Campeonato Brasileiro de 2009 ? e campeão por quase todos os clubes que passou e seleção brasileira, o atacante Adriano revelou uma certa saudade da atmosfera que envolve a disputa de uma taça.
"Eu realmente sinto saudade desse clima de final, essa atmosfera de decisão que rola nesta semana. É algo diferente para qualquer jogador. Isso motiva todo mundo mesmo. Não há nada melhor para um atleta que ser campeão e coroar um trabalho", disse, brevemente, o "Imperador".
Afastado dos gramados e estádios, Adriano pretende até matar a saudade dos lugares que brilhou por conta do clima decisivo. Em contato com a reportagem, o jogador contou que pretende estar no Maracanã na noite desta quarta-feira para acompanhar o duelo decisivo entre seu ex-time e o Atlético-PR.
Desta vez, porém, em um lugar incomum. Nada de arquibancada, local que frequentou quando mais jovem, ou o gramado que foi palco de seus primeiros passos e viu sua consagração no título brasileiro de 2009. Se confirmar sua programação e for ao Maracanã, Adriano assistirá a antigos companheiros em um camarote.
Para o futuro, porém, o atacante ainda não sabe se seguirá do lado de fora ou dentro das quatro linhas. Ou se já decidiu, não quis falar. Adriano evitou se pronunciar sobre seus próximos passos na carreira.
Sem entrar em campo desde março de 2012, quando defendeu o Corinthians pelo Campeonato Paulista daquele ano, Adriano virou um ponto de interrogação. Ainda na última temporada, assinou contrato com Flamengo, onde se recuperou de nova cirurgia no tendão. Deixou o clube meses depois sem jogar.
Pouco antes do meio do ano, foi envolvido em negociação com o Internacional. E em novo problema. Reprovado em exames médicos, seguiu sem time.
Em agosto deste ano, viu empresários e amigos procurarem clubes e fisioterapeutas em busca de recuperação e apoio. Novamente, nada feito. Enquanto isso, o atacante que disputou apenas 16 jogos nos últimos três anos, acompanha o futebol à distância e só vê finais e jogos decisivos em sua memória