A Olimpíada de Londres já passou. A medalha Sarah vai ter para sempre, assim como o prestígio de ser uma campeã olímpica. Os reflexos são naturais, pisar no tatame agora contra qualquer adversária não é tão simples. A pequena judoca carrega nas costas o enorme peso da medalha de ouro. Nos próximos quatro anos Sarah terá que lidar com o favoritismo de uma campeã olímpica.
"Eu sinto um pouco que agora sou vista como favorita pelas minhas adversárias. Principalmente pela olimpíada ter sido recentemente, mas ao mesmo tempo tem aquele receio porque tem muitos atletas fortes. Então não significa dizer que sempre que eu estiver em uma competição vou pegar ouro", disse Sarah.
É impossível dizer que um ouro Olímpico não muda a vida de um atleta, seja em relação aos adversários, ou até, em relação a si próprio.
"Muda muito sim, até mesmo em mim, a maneira de lutar, confiança que você tem, o respeito que você tem pelas adversárias, então tudo isso favorece na hora da luta", contou Sarah.
A primeira competição de Sarah depois de Londres foi em fevereiro deste ano no Grand Slam de Paris, a atleta ficou com o quinto lugar, somou 100 pontos e manteve a posição como primeira do ranking. Neste final de semana, Sarah foi ouro no Panamericano de Judô na Costa Rica. O favoritismo não a atrapalhou e a torcida brasileira torce para que continue assim.
"O pan-americano é uma excelente competição ainda mais que triplicou o valor da pontuação. Isso pra gente é muito positivo. É uma competição muito forte ainda mais que tem atletas que já foram para a olimpíada e conseguiram medalhar. Nós temos uma delegação com um nível muito bom, sempre estamos chegando como favoritos no pan-americano isso é muito importante tanto pra competição como para a nossa pontuação no ranking", concluiu Sarah.