O Brasil conquistou uma medalha inédita em sua história em Paralimpíadas. Na manhã deste domingo (1), Alexandre Galgani foi prata na carabina de ar deitado 10m SH2 misto, a primeira medalha brasileira no tiro esportivo em Jogos Paralímpicos.
O paulista de 41 anos confirmou as expectativas que recaíram sobre ele depois de sua excelente participação nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, no Chile, no ano passado, quando ganhou duas medalhas: prata na categoria rifle 10m e ouro na carabina 50m, batendo o recorde Parapan-Americano na final e garantindo a vaga para Paris. O ciclo de Galgani ainda conta com o bronze no Mundial de Tiro Esportivo de Lima, em 2023, na Carabina de Ar 10m, posição em pé.
Na final desta manhã, Galgani terminou com 254,2 pontos, atrás apenas do francês Tanguy de la Forest, que somou 255,4 pontos e conquistou o ouro. O bronze ficou com a japonesa Mika Mizuta, com 232,1 pontos. No tiro esportivo, homens e mulheres competem juntos.A categoria SH2, de Alexandre, é para atiradores de carabina que não possuem habilidade para suportar o peso da arma com os braços e precisam de suporte para a arma.
A estreia brasileira no tiro esportivo em Paralímpiadas foi em 1976, mas o país só voltou a ter representantes em Pequim 2008, após 32 anos fora do evento, com Carlos Garletti, que também disputou os Jogos Paralímpicos de Londres 2012 e do Rio 2016. E foi justamente na Rio 2016 que Alexandre Galgani fez sua estreia, junto com Débora Campos e Geraldo Rosenthal. Já nos Jogos de Tóquio 2020, Galgani foi o único representante do país na modalidade.
Em Paris 2024, Galgani está em sua terceira participação, acompanhado por Bruno Stov Kiefer. E dessa vez, o pódio veio, coroando uma história que começou há mais de 20 anos e que inclui muito treino e dedicação, com direito a um estande montado dentro da própria casa.