A judoca e medalhista olímpica Rafaela Silva afirmou que o esporte pode ser uma ferramenta importante para enfrentar o racismo. Segundo ela, o judô apresenta menos casos de discriminação em comparação a outras modalidades, graças à sua cultura de disciplina e hierarquia. No entanto, Rafaela revelou que é alvo de ataques racistas principalmente nas redes sociais.
"No judô, acho que é até um pouco mais fácil. É raro ver atos racistas ou situações assim dentro da nossa modalidade, porque o judô cobra muita disciplina e tem toda uma filosofia que não abre espaço para que isso cresça. Na internet, porém, é diferente. A gente acaba recebendo mais ataques racistas nas redes do que dentro do próprio esporte", declarou a atleta.
Bronze em Paris e legado no judô brasileiro
Rafaela Silva conquistou o bronze na disputa por equipes mistas contra a Itália nos Jogos Olímpicos de Paris. O Brasil venceu por 4 a 3, com Rafaela sendo decisiva na luta final. Enfrentando Veronica Toniolo, a brasileira aplicou um waza-ari em poucos segundos no golden score, garantindo a medalha.
Essa foi a segunda medalha olímpica de Rafaela, que já havia conquistado o ouro nos Jogos do Rio, em 2016. Ela é a primeira brasileira a se tornar campeã olímpica, mundial e pan-americana, consolidando seu nome como um dos maiores do judô nacional.