Quando assinou um contrato de 10 lutas com o UFC, no primeiro semestre do ano passado, Anderson Silva recebeu diversos questionamentos em relação à chance real de cumprir o acordo até o fim, tendo em vista sua idade avançada - ele tinha 38 anos na época, e agora está com 39. E não é que, após fazer dois desses combates (duas derrotas para Chris Weidman) e ter o terceiro marcado para o dia 31 de janeiro, contra Nick Diaz, o Spider conseguiu ir além? Durante o congresso de medicina esportiva Rio Sport & Health, realizado no domingo, no Rio de Janeiro, o ex-campeão dos médios (até 84kg) do Ultimate disse que o contrato anterior foi "rasgado" e que assinou um novo acordo, desta vez de 15 lutas:
- Eu tinha mais sete lutas no meu contrato (sem contar com o duelo contra Nick Diaz). Estive com o Lorenzo (Fertitta, dono do UFC) e o Dana (White, presidente) na quinta-feira que passou, e o contrato foi rasgado. A gente assinou por mais 15 lutas. Para deixá-lo (Dana) maluco, assinei por mais 15 lutas. E para deixar a galera lá em casa maluca também - contou.
Anderson Silva esteve presente no UFC Rio 5, no Maracanãzinho, onde foi recebido como lenda pela torcida. Depois de assistir de perto à vitória de José Aldo sobre Chad Mendes, ele foi só elogios ao compatriota:
- O José Aldo é a evolução de tudo o que já teve de atleta brasileiro dentro do UFC. É um cara que a gente tem que aplaudir, tem que tirar o chapéu e sempre estar torcendo por ele. O Aldo é a nossa referência de ídolo e herói no Brasil hoje. No sábado ele mostrou o porquê disso, e por que as pessoas têm que amá-lo e tem que gostar dele, porque representou muito bem o Brasil.
Além da entrada, com direito à sua música tradicional, o Spider viveu mais um momento emocionante quando escalou a grade do octógono para abraçar Fábio Maldonado após o triunfo dele sobre Hans Stringer. O ex-campeão explicou o que passou pela sua cabeça naquele momento e aproveitou para dar sua versão dos fatos com o "Caipira de Aço", que no ano passado o havia criticado publicamente:
- A gente tem uma relação de amizade. A gente já viveu tanta coisa junto, tantas coisas de superação... Quando eu e ele chegamos ao Rio, dormíamos no sofá da casa do Minotauro, dividíamos comida, dinheiro para botar gasolina no carro. Vendo o Maldonado ali, lutando, aquela coisa de ele cair por baixo, ver o cara socando ele, fiquei emocionado. E uma hora acho que ele escutou, porque acho que a gente tem muito essa coisa de escutar a voz um do outro. Falei: "Bota o cotovelo, soca, abaixa o quadril". Ele escutou. Uma hora ele me olhou e disse: "Não, está tranquilo". Foi mais emocionante que a minha entrada, ele me chamar e eu poder dar aquele abraço naquele momento. Fazia muito tempo que a gente não se falava. As pessoas acabaram falando algumas coisas que não eram verdade sobre a gente, e foi super emocionante. Gostei muito. Sempre esteve tudo bem entra a gente. As pessoas maldosas sempre colocam algumas pilhas erradas, mas a gente sempre esteve bem. Ele é parte da minha família, eu o adoro e o tenho como um irmão.
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