André admite erros e vê ponto final no Vasco:“Querem me culpar pela queda”

Fora da lista de relacionados para a partida contra o Náutico no Maracanã, ele já admite o ponto final em sua trajetória

O jogador reconheceu os problemas | uol
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O atacante André marcou 12 gols com a camisa do Vasco em 2013 e chegou a ser visto como uma das prioridades da diretoria para o elenco do próximo ano. Porém, os erros com a razoável frequência na noite carioca em momentos delicados do time viraram o jogo contra o camisa 9. Fora da lista de relacionados para a partida contra o Náutico, domingo, às 17h (de Brasília), no Maracanã, ele já admite o ponto final em sua trajetória no Cruzmaltino.

Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, o jogador reconheceu os problemas e lamentou não ter condições de ajudar os companheiros na reta final do Brasileirão. Ele reafirmou sua torcida contra o rebaixamento da equipe carioca, mas assegurou a certeza de que colocá-lo como culpado por um possível fracasso é o desejo de pessoas dentro do Vasco.

UOL Esporte: Qual a sua parcela de culpa na delicada situação do Vasco no Campeonato Brasileiro? Considera-se mais perseguido do que outros jogadores?

André: Sou novo [23 anos], mas já vivo o futebol há algum tempo. Nessas horas sempre procuram um culpado. É um momento difícil e de luta contra o rebaixamento. Se acontecer, querem me culpar pela queda. Só posso entender dessa forma, pois nada vaza ocasionalmente no futebol. E, infelizmente, hoje o André é o culpado de tudo no Vasco.

UOL Esporte: Quem coloca a culpa em cima de você?

André: Apesar de muitas coisas vazarem na imprensa, outras ainda são internas. Os jornalistas não ficam sabendo de tudo. Parece que só o André é o vilão da história. Isso não é verdade. De alguma forma deve interessar a pessoas do clube passar uma imagem pior do que a realidade. Fiz o que pude no Vasco. Cheguei no meio do ano e sou o artilheiro do time na temporada.

UOL Esporte: Você realmente frequentou a noite mais do que devia? Admite que errou no Vasco?

André: Sim, errei. Realmente saí algumas vezes. Mas qual o problema de me divertir com amigos no dia de folga? Qualquer pessoa faz isso. Mas a partir do momento em que tudo se transforma em erro do André complica bastante. Peço desculpas aos torcedores por erros que cometi, mas aumentar a situação também não é justo.

UOL Esporte: Por que você foi cortado do jogo contra o Náutico?

André: Sinceramente, não sei. Vejo que não tem nada a ver com episódios anteriores. Não existe vaidade no Vasco, muito pelo contrário. Todas as pessoas gostam de mim nos clubes em que joguei. O professor Adilson Batista optou pelo Tenorio. Ele é um jogador mais experiente, respeito e não teve problema.

UOL Esporte: Você está chateado com o ambiente em São Januário?

André: Não existiu indisciplina dessa vez. Fico chateado. Sei que tenho todas as condições de ajudar o time. Não tenho problema com ninguém no Vasco e estou torcendo muito pela permanência na primeira divisão. Tento passar bastante energia positiva para os meus companheiros. É péssimo ficar de fora em uma hora decisiva para um clube de expressão como o Vasco.

UOL Esporte: O seu contrato de empréstimo termina no final do ano. Qual será o futuro? Já se vê fora do Vasco?

André: Queria jogar, mas pelo o que percebo não contam mais comigo. Já recebi muitas propostas e estou estudando as possibilidades. Não estou colocando um ponto final, mas pelo jeito o Vasco já colocou. Preciso ver a minha vida. Muita gente no clube não merece o rebaixamento e vou tentar ajudar ao máximo fora de campo.

UOL Esporte: Você volta ao Atlético-MG em janeiro?

André: A princípio, me reapresento ao Atlético-MG. O meu contrato é longo com eles. Tenho carinho pelo clube e pela cidade. Gosto bastante de todos em Minas Gerais. Espero desempenhar um bom futebol.

UOL Esporte: Como você avalia a passagem pelo Vasco?

André: Poderia ter sido muito melhor. Queria fazer mais gols na temporada e sei que tinha condições para isso. Assim como teria todas as possibilidades de ajudar o Vasco nessa reta final. É triste não poder atuar. É lamentável, mas vou cumprir os horários e treinar normalmente até o final do meu contrato.

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