Na madrugada desta quinta-feira, em São Paulo (SP), faleceu o renomado jornalista Antero Greco, aos 69 anos, após uma batalha contra um tumor cerebral. Internado no hospital Beneficência Portuguesa, onde passou por duas cirurgias nos últimos anos, ele deixará um legado na crônica esportiva brasileira.
O velório terá início ao meio-dia, seguido pelo sepultamento às 16h, em um cemitério na região central de São Paulo. Antero Greco, formado pela Universidade de São Paulo (USP), teve uma carreira destacada em veículos como Diário Popular, Diário de S. Paulo, Estadão, Folha de S. Paulo e Grupo Bandeirantes.
TRAJETÓRIA
Reconhecido pela sua discrição como palmeirense, conquistou a simpatia de torcedores de diversos clubes pela forma equilibrada de seus comentários. Na televisão, ganhou destaque como apresentador do programa "Sportscenter" da ESPN Brasil, ao lado de Paulo Soares, o Amigão, cuja dupla cativava o público com seu bom humor no noticiário esportivo noturno.
Antero Greco foi um dos primeiros contratados da emissora em 1994 e, embora nos últimos anos tenha reduzido suas aparições devido à evolução da doença, suas contribuições permanecerão marcadas na história da televisão esportiva brasileira. O Esporte da Globo se solidariza com amigos, familiares e admiradores neste momento de luto.
PARCERIA COM AMIGÃO
Antero Greco, uma figura icônica do jornalismo esportivo, estabeleceu com Paulo Soares, o Amigão, uma das parcerias mais marcantes e duradouras da televisão brasileira. Durante mais de duas décadas, essa dupla inseparável trouxe as notícias aos telespectadores dos canais ESPN de forma irreverente e descontraída, mantendo sempre a seriedade profissional.
Conhecidos por suas crises de riso ao vivo, muitas vezes desencadeadas por situações inusitadas, como um trocadilho involuntário que se tornava viral, Antero e Amigão cativaram o público com seu humor genuíno. O telejornal noturno da ESPN tornou-se reconhecido pela combinação única de descontração e profissionalismo que a dupla apresentava.
Em suas próprias palavras, Antero destacou a autenticidade e sinceridade que transmitiam: "A gente não faz tipo. Não criamos personagens. Somos nós mesmos". Ele enfatizava a importância de trazer leveza à transmissão sem comprometer a seriedade da notícia. Para Antero, a espontaneidade era essencial, pois não se viam como atores, mas sim como jornalistas comprometidos com a veracidade dos fatos.