Próximo aos 31, Alecsandro diz viver a melhor fasa da carreira

Quando chega aos 30 anos, na maioria das vezes o jogador entra na reta final da carreira

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Quando chega aos 30 anos, na maioria das vezes o jogador entra na reta final da carreira. O vigor físico, em determinados casos, não é o mesmo, e o adjetivo veterano começa a aparecer atrelado ao nome. Mas para Alecsandro, no entanto, a curva de desempenho é ascendente. O atacante do Vasco, que no próximo dia 4 completa 31 anos, acredita estar no melhor momento de sua trajetória. E mesmo com um currículo repleto de conquistas, tem a certeza de que o melhor ainda está por vir.

Alecsandro enxerga 2012 como um ano chave em sua carreira. Mesmo já tendo conquistado a Libertadores de 2010 pelo Internacional, o camisa 9 garante estar com a motivação renovada para repetir a dose, desta vez pelo Vasco. E os dois gols marcados nas duas primeiras partidas do ano ? vitórias por 2 a 0 sobre o Americano e 3 a 1 sobre o Duque de Caxias, pelo Campeonato Carioca ? mostram que o atacante não fala da boca para fora.

- Fazendo um balanço, digo que passo pela melhor fase da minha carreira. Vivo meu melhor momento em termos de maturidade. Venho atuando bem e marcando gols importantes. Se pudesse optar por uma idade ou uma fase da minha carreira, diria que esse período dos 29 aos 31 anos é o melhor da minha vida - disse ele, que marcou 13 gols em 39 jogos pelo Vasco em 2011.

Começar marcando dois gols nas duas primeiras partidas do ano não é nada mal para um atacante...

Alecsandro ? Quando você faz uma pré-temporada boa e trabalha bem, o pensamento é iniciar o ano da melhor maneira possível. E para um jogador que veste a camisa 9, começar bem é fazer gols. Então realmente o início está sendo ótimo. Espero dar seguimento e terminar a temporada de uma forma ainda melhor.

Você costuma traçar metas antes do início de cada temporada? Quais são seus objetivos?

Nas competições, espero que o Vasco seja como no ano passado, brigando por todos os títulos posíveis até o fim. Invidualmente, como todo centroavante, quando o ano começa costumo estabelecer uma meta de gols, mas ela depende de quantas partidas a equipe vai disputar na temporada. Ainda vou checar essa conta e, em cima disso, traçar um objetivo. Mas não é algo exato, apenas uma estimativa.

Por que você acredita que 2012 é um ano chave em sua carreira mesmo já tendo conquistado a Libertadores em 2010?

Estou com 30 anos, já conquistei a Libertadores e estou de volta à competição por outro grande clube. Acho que é um ano que pode dar uma levantada na minha carreira, um upgrade no meu nome. Espero ser novamente campeão, alcançar a artilharia de pelo menos um torneio e estender minha carreira por mais algum tempo.

Perto de completar 31 anos, o que você enxerga que mudou no seu estilo de jogo?

O Chiquinho de Assis, que foi meu treinador na base do Vitória, me encontrou há três anos e disse que eu era como o vinho: quanto mais velho, melhor. Modestia à parte, estou percebendo isso também. Corro menos e me posiciono melhor em campo. A maturidade nos deixa mais tranquilos, pois nos faz suportar situações como vaias da torcida e o desespero ou a euforia dentro de uma partida. Fazendo um balanço, digo que passo pela melhor fase da minha carreira. Vivo meu melhor momento em termos de maturidade. Venho atuando bem e marcando gols importantes. Se pudesse optar por uma idade ou uma fase da minha carreira, diria que esse período dos 29 aos 31 anos é o melhor da minha vida.

Então por isso é possível dizer que motivação não falta para buscar novamente um objetivo já alcançado por você, como a Libertadores?

Costumo dizer que depois que um jogador ganha uma competição, ela não é mais impossível. Conquistar a Libertadores não é novidade para mim, mas a motivação de levantar novamente a taça permanece. Ela corre na veia, e isso é da pessoa. Quero ganhar sempre mais. Nunca conquistei o Campeonato Carioca, por exemplo. No ano passado participei da final da Taça Rio, e ficou um gosto de quero mais. Futebol é legal por isso. Por mais que você tenha vencido uma competição, o ano vira e você vai novamente me busca dela com toda a vontade. Eu tenho esse pensamento. Espero me presentear pelos 30 anos com mais um título e artilharia.

O Vasco não tem um artilheiro do Campeonato Carioca há 12 anos (o último foi o atacante Valdir, no estadual de 2004). Esse também pode ser um objetivo a ser buscado na temporada?

O primeiro pensamento é no grupo. Quero ajudar o Vasco a chegar à final logo do primeiro turno e, se possível, ser campeão carioca. Mas, lógico, por vestir a camisa 9, tenho que assumir a reponsabilidade de ser o homem que faz os gols pelo Vasco. Se puder ser campeão juntando à artilharia, será o ápice. Mas o Carioca está no começo, e há outros atletas de qualidade na disputa. Vou lutar pelo título e, fazendo gols devargarzinho, daqui a pouco estarei brigando pela artilharia.

Depois de defender o Internacional, que tem uma sequência de disputa da Libertadores, tem percebido mudanças no ambiente do Vasco, que retorna à competição após 11 anos?

O dia a dia fica diferente. No Internacional, que vem há muitos anos na Libertadores, tudo envolve grandes patrocinadores, contratos e premiações aos jogadores. Quando passa muito tempo sem viver isso, o clube acaba se conformando e, então, toma atitudes que não são compatíveis com as de um clube grande. Às vezes perde o foco, deixa a organização de lado e trabalha com parceiros menores. Hoje, de volta à Libertadores, o Vasco voltou a pensar em patrocínios de alto nível e se preparou para disputar a competição: reformou seu estádio, tem vestiário e sala de musculação novos, mudou o gramado, construiu camarotes... Todos aqui saem ganhando com isso.

Acredita que você e os demais jogadores têm a missão de fazer do Vasco um frequentador assíduo da Libertadores?

Nunca defendi um clube em crise. Se não melhorei, quando saí ao menos deixei o clube da maneira que encontrei. Levamos o Vasco de volta à Libertadores, e espero ajudar a deixá-lo muito tempo nessa competição, pois é uma instituição grande e que merece disputar títulos desse nível. O grupo tem jogadores que podem assumir essa responsabilidade e mostrar que estão aqui para isso. Até agora vem dando certo, e espero que continue assim.

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