Não dá para falar de futebol no Piauí e não citar o nome de Carlos Said, o Magro de Aço, uma personalidade que escreveu seu nome na história por seu caráter, pelo carisma, honestidade. Sua história rendeu reportagens, trabalhos de conclusão de cursos.
Em 91 anos de vida, mais de 70 são dedicados ao futebol, onde foi quase tudo. Jogador, árbitro, dirigente e jornalista esportivo. Aliás, nas redações ele tem uma legião de fãs. A sua experiência e o conhecimento vasto ele repassa aos amigos e colegas.
No Jornal Meio Norte, o Magro de Aço, que vinha à redação nas manhãs de terça-feira e quinta-feira para escrever artigos e crônicas, era reverenciado pelos profissionais, pela direção e também por estagiários. Aliás, na redação do MN, é conhecido e lembrado pelo texto primoroso, o cuidado extremo com a língua portuguesa, pelo respeito aos colegas e amigos, pelas brincadeiras e ganhou o apelido carinhoso de "estagiário". Aliás, o professor Carlos Said é dessas pessoas que faz questão de aprender todos os dias, gosta de receber livros e lê, com avidez, autores piauienses.
Na redação do jornal, ainda é comum chegar escritores que procuram o Magro de Aço para fazer a entrega do seu livro. Afinal, quem não gostaria de ver sua obra comentada por uma referência do jornalismo? Carlos Said é conhecido no País, tem uma legião de fãs. É respeitado e faz com esmero tudo que se propõe a fazer.
Infelizmente, a Covid-19 fez o professor Carlos Said e ficar longe dos estádios, das redações. Mas com a vacina e a redução de transmissibilidade, que trouxe de volta a rotina quase normal, ele voltou ao estádio no sábado, 30, na companhia dos filhos Gustavo, Cláudio e Fernando Said, para entregar o troféu ao campeão piauiense de 2022, o Fluminense.
Claro que a presença do Magro de Aço, por sua história, resistência e resiliência, foi aplaudida pelo público no Lindolfo Monteiro. Que venham muitos jogos e competições para este campeão da vida entregar mais troféus e ser reverenciado. Vida longa ao Magro de Aço.