O ex-jogador Viola saiu na tarde desta quarta-feira do Cadeia Pública de Carapicuíba depois de uma assinatura de libertação do juiz do caso que lhe concedeu liberdade provisória. Ele decidiu pela saída do jogador após uma petição feita por seu advogado. Não foi necessário o habeas corpus.
Viola estava detido desde a última sexta-feira por desobediência, posse ilegal de arma de fogo e ameaça de violência doméstica. A última das queixas foi prestada por sua mulher, Andreza Nunes, enquanto o restante foi feito por flagrante.
?No momento, a única coisa que posso fazer é dizer que estou muito cansado; todos esses dias sem comer e sem beber. Foi muito emocionante sair da cadeia, porque sou um cara de bem. Hoje mesmo podem ligar para o meu assessor e agendar qualquer tipo de entrevista?, falou Viola logo após sair.
?Todos vão poder falar comigo e escutar minha versão. Pois muitos falam o que não é verdade. Eu vivo com a verdade. Queria agradecer ao apoio do pessoal da delegacia, fomos tratados como seres humanos. Não matei, não roubei e não estuprei. Tenho bons serviços prestados no país. Todo mundo tem demonstrando carinho. Deus é justo e a verdade vai chegar. E a partir de amanhã."
Por volta de 22h30 desta sexta, um oficial de justiça foi até a residência de Viola, em Tamboré, mas não foi atendido. Viola teria descumprido ordem judicial que dava a guarda de seu filho à mãe da criança, que estava junto do oficial.
De acordo com o delegado, Viola teria ameaçado a esposa de morte e até disse que cometeria suicídio.
Na residência de Viola, foram achadas duas armas, sendo uma pistola não registrada, além de carregadores e um silenciador.
Viola já havia sido detido em 2006 por porte ilegal de armas. Naquela oportunidade, o jogador foi acusado pela mulher de tentar buscar o filho enquanto estava bêbado. Ela impediu que ele levasse a criança e chamou a polícia.
Depois que o PM chegou, encontrou uma espingarda calibre 12 no carro de Viola. Ele tinha registro para uso da arma, mas não para transporte.
Arrependimento
Andreza Nunes, mulher de Viola, não atende telefonemas, e, de acordo com a pessoa que atende o seu celular, não dará nenhuma entrevista até que o caso se resolva. A pessoa próxima a Andreza, que se identifica como "assessora" da mulher do atacante, disse que ela está chateada e arrependida.
?Ela está em um momento difícil, depressiva, chorando muito e com certo arrependimento. Ela criou uma situação no impulso e agora e está nervosa, chorando bastante. Está com os pais?, falou.
Ela disse que Andreza tentou contato com Viola nos últimos dias, mas não conseguiu.