A selvageria de torcedores do Flamengo, com agressões e quebra-quebra, antes e depois da final da Sul-Americana no Maracanã, poderia render até a exclusão do clube da Libertadores pela Conmebol. A diretoria não espera a punição mais severa, mas já está no aguardo de um gancho aplicado pelo Tribunal Disciplinar da entidade nos próximos dias.
Dentre as demais penas duras previstas no Artigo 22 e 24 do Regulamento Disciplinar, há a proibição de jogar no estádio onde houve o problema ou jogar com os portões fechados. As sanções são enquadradas no caso de comportamentos inapropriados de clubes e seus torcedores.
Dentre os motivos para as penas, estão: invasão ao campo, soltar fogos, causar danos, provocar desordem no estádio e seu entorno, e cometer agressões coletivas. Em caso de não ser possível identificar o agressor, o clube é punido. No caso da final contra o Independiente no Maracanã, todos esses itens se aplicariam.
Ciente disso, o Flamengo já deixou o seu advogado especialista em defesas em tribunais de sobreaviso. Michel Assef Filho deve preparar uma defesa tão logo haja um comunicado da Conmebol. O ponto positivo é que o histórico recente é de multas e advertências apenas, mas para casos menos graves.
Em caso de pena mais severa, é possível recorrer na Comissão de Apelação. No Tribunal Disciplinar, que faz o primeiro julgamento, o brasileiro Caio César Rocha será um dos membros. Foi ele que excluiu o Boca Junior da Libertadores de 2015 após incidentes no jogo com o River Plate. Procurado, ele não foi encontrado para explicar as possíveis penas ao Flamengo.