A campeã chegou. Um tanto desacreditada, envolta em desconfianças especialmente depois de perder para o México por 2 a 1, em amistoso disputado em Bruxelas, na Bélgica, a Itália colocou os pés na África do Sul nesta quarta-feira. Missão: tentar defender o título de 2006 e, de quebra, se igualar ao Brasil no privilégio de ser uma pentacampeã mundial. A Azzurra, por volta de 10h30m (5h30m de Brasília), entrou com seu ônibus no pátio do Leriba Lodge, em Centurion, cidade pacata, com jeitão de interior, ao lado de Pretória. No muro externo do local, uma foto gigante mostrava o capitão Fabio Cannavaro erguendo a taça do último Mundial.
Os atuais campeões foram recebidos com festa dentro e fora do hotel. Moradoras locais ficaram nas calçadas, se reuniram e cantaram a Shosholoza, música que já virou o hino da Copa do Mundo. Cerca de dez italianos também marcaram presença. Com camisas e bandeiras, puderam ver os ídolos de perto, mas só pelas janelas do ônibus. Alguns atletas acenaram em retribuição pela recepção.
No saguão do hotel, funcionárias fizeram o mesmo. Com bandeiras da Itália na mão, cantaram a Shosholoza e já deram aos jogadores um pouco do clima do Mundial. À tarde, eles farão o primeiro treinamento em terras sul-africanas. A boa notícia para os italianos é a presença de Andrea Pirlo, figura central da Azzurra. Ele sofreu uma lesão muscular na panturrilha da perna esquerda e viajou com o restante da delegação. O porém é que o meia pode só ir a campo na terceira rodada, contra a Eslovênia.
A Itália não chega à África do Sul com a mesma badalação de adversários como Brasil e Espanha. E é aí que mora o perigo: quanto mais discreta ela chega, mais capaz ela parece ficar. A Azzurra está no Grupo F, que tem, além da Eslovênia, Nova Zelândia e Paraguai. A estreia é contra os sul-americanos, segunda-feira, na Cidade do Cabo.