Após eliminação, Ricardo Gomes deixa o São Paulo

Diretoria tricolor opta por não renovar o vínculo do técnico um dia depois a saída da Taça Libertadores

Ricardo Gomes após a eliminação | GE
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Um ano e dois meses após ser contratado para substituir Muricy Ramalho, que caiu após a eliminação da equipe na Taça Libertadores de 2009, Ricardo Gomes sofreu do mesmo veneno e não é mais o técnico do São Paulo. O treinador teve seu contrato encerrado após a eliminação da equipe na semifinal do torneio sul-americano na última quinta-feira e a diretoria, após uma reunião na manhã desta sexta-feira, preferiu não renová-lo por mais uma temporada. Neste domingo, contra o Atlético Paranaense, pelo Campeonato Brasileiro, a equipe será dirigida internamente por Sergio Baresi, treinador dos juniores, que venceu a Copa São Paulo no início da temporada 2010.

O treinador estava pendurado há tempos no clube. Na véspera da fase de quartas de final da Libertadores, contra o Cruzeiro, chegou a cogitar-se a sua demissão. Na época, Sérgio Soares, que havia conquistado o vice-campeonato paulista com o Santo André, foi procurado para ser o substituto. Mas, como o time despachou o rival mineiro com autoridade na competição sul-americana, Gomes ganhou uma sobrevida.

Porém, com o retorno do Campeonato Brasileiro, após a Copa do Mundo, a pressão voltou forte em cima do treinador. Após quatro semanas de treinamento, o time disputou 15 pontos no Nacional e conquistou apenas quatro, frutos de uma vitória sobre o Ceará (2 x 1), no Morumbi e um empate por 1 a 1 com o Grêmio Prudente também em casa. No mais, o time acumulou derrotas para Avaí (2 x 1) , no Morumbi, Vitória (3 x 2), em Salvador, Santos (1 x 0), na Vila.

A diretoria, mesmo dividida, resolveu dar um novo voto de confiança ao treinador. Porém, o péssimo futebol apresentado pela equipe na primeira semifinal, contra o Inter, no Beira-Rio, pesou muito na decisão da diretoria. Apesar do Tricolor ter perdido apenas por 1 a 0 no Sul, não foi possível reverter a desvantagem no estádio do Morumbi.

- Houve um consenso entre as partes que a melhor solução para o clube neste momento é essa. Sua passagem pelo São Paulo foi digna, de muito trabalho e respeito. Ele é um dos grandes treinadores do futebol brasileiro, mas o futebol tem seus momentos e achamos que ao término de seu contrato a melhor saída para ambos seria essa - disse o presidente Juvenal Juvêncio.

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