Yane Marques ficou muito perto de conquistar a primeira medalha de ouro do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. A pernambucana liderou o pentatlo moderno até a última prova, mas foi superada pela americana Margaux Isaksen na reta final e ficou com a prata.
Pouco depois de perder a chance de subir no lugar mais alto do pódio, Yane fez inúmeras críticas às instalações do Club Hipica, que recebeu a competição. "Infelizmente a organização da prova não foi muito satisfatória", afirmou.
"O asfalto estava terrível. O piso era duro, muito pesado. Tive problemas com a iluminação, o sol estava batendo na minha pistola", explicou Yane, se referindo ao evento combinado, última etapa no pentatlo que reúne corrida e tiro.
A brasileira liderava a competição após as três primeiras provas. Ficou atrás da americana na esgrima, mas a superou na natação e no hipismo. "A piscina estava 21 graus, não é permitido dentro do regulamento. E na esgrima, eu jogava um combate e parava porque não dava pra ver se a luz acesa era de quem tocava ou quem era tocada", emendou.
No evento combinado, Yane iniciou com uma vantagem de 20 segundos diante da rival americana por ter um melhor desempenho nas provas anteriores. Mas o sol que castigou Zapopan, cidade vizinha a Guadalajara, acabou com a energia da brasileira.
"O merecimento é dela. Hoje ela fez uma prova como nunca, jogou muito bem a esgrima e tem uma corrida mais forte que a minha. Estou satisfeita porque estou classificada para Londres", completou. Tanto ela quanto a americana estarão na Olimpíada do ano que vem.