Após polêmica, Ecclestone diz que adoraria ver uma mulher na F1

Dirigente foi alvo de críticas por declarações machistas

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Dias depois de causar polêmica ao afirmar não acreditar que mulheres tenham “condições físicas” de guiar um Fórmula 1 e que elas “não seriam levadas a sério”, Bernie Ecclestone deu uma entrevista à revista inglesa “Autosport” buscando explicar seu ponto de vista. O chefão da F1 garantiu que torce para que o sexo feminino seja em breve representado no grid da maior categoria do automobilismo mundial:

- Deixa eu ser claro. Eu adoraria ver uma mulher na Fórmula 1. Absolutamente, 100%. Uma vez, fui perguntado “se houvesse um patrocinador que quisesses colocar 100 milhões em uma equipe para ter duas pilotas mulheres, o que eu falaria?”. Eu disse: “Ficaria muito feliz em botava mais 20 milhões para isso acontecer”. Mas as pessoas esquecem de noticiar essas coisas. Graças a Deus eu não ligo para esse tipo de notícia.

Há décadas à frente dos direitos comerciais da Fórmula 1, o dirigente de 85 anos afirma que sempre incentivou a chegada de pilotas à categoria. 

- Eu ofereci mais ajuda do que qualquer um para mulheres na F1, e ainda faço isso. O que todas as outras pessoas fazem é falar e mais nada. Toda mulher que aparece desejando chegar à F1 e tem talento, eu tento e falo com as equipes para dar uma oportunidade.

Nos últimos anos, três mulheres estiveram ao volante de um carro da categoria, mas nenhuma delas chegou a disputar corridas. A escocesa Susie Wolff foi a que mais se aproximou, ao participar de treinos livres com a Williams. A suíça Simona de Silvestro guiou uma Sauber em testes. Já a espanhola María de Villota sofreu um acidente em um teste com a Marussia e acabou morrendo um ano depois em decorrência das lesões.

Wolff foi a sexta mulher a andar de um fim de semana de Grande Prêmio de F1. Duas delas disputaram corridas oficiais: Maria-Teresa de Filippis, a primeira a competir, e Lella Lombardi, a única a pontuar. Outras três, Divina Galica, Desiré Wilson e Giovanna Amati, participaram de treinos classificatórios, mas em uma época em que nem todos do grid se qualificavam para a corrida, não chegaram a conseguir vaga para as provas. 

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