O treinador argentino Ariel Holan não é mais o técnico do Santos. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, o presidente Andres Rueda comunicou a saída dele, que pediu demissão do clube.
"Ontem (domingo), conversando com o treinador após o jogo, de uma maneira muito transparente, ele nos solicitou que o jogo contra o Boca (terça-feira, pela Libertadores) fosse o último à frente do time", disse Rueda na manhã desta segunda-feira.
Ariel Holan havia sido contratado em fevereiro, depois da saída de Cuca, mas a sequência de maus resultados tumultuou o começo de trabalho. Segundo Rueda, houve foguetório de torcedores na frente da residência do treinador na noite deste domingo, depois da derrota para o Corinthians.
"Ponderamos, não era o que eu queria. O pessoal confunde projeto de três anos com contrato de três anos com o treinador. Existe uma quebra de contrato de qualquer parte. Ponderamos e de comum acordo aceitamos essa situação. Tentei reverter, não teve jeito. Houve até caso de fogos no apartamento dele. Soltaram rojão. Isso o deixou de uma maneira pouco confortável. Agora de manhã estamos vendo se realmente vai ser nosso técnico com o Boca ou se não vai ser nosso técnico com o Boca. Neste sentido, o clube tem uma coisa boa, uma comissão permanente", comentou Rueda.
O argentino de 60 anos deixa o Santos depois de 12 partidas: quatro vitórias, três empates e cinco derrotas. O pedido de demissão, pelo pouco tempo de trabalho, foi visto interna e externamente com surpresa, apesar dos resultados ruins.
O Santos volta ao mercado em busca de um novo treinador. Segundo Rueda, o clube não mudará o perfil buscado na contratação de Ariel Holan. "O perfil não se muda. Queremos um treinador que goste de jogar com a base, que jogue para a frente, que agregue tecnologia. Vamos fazer o possível para trazer o treinador mais rapidamente. A nossa comissão permanente existe para isso: suprir essas lacunas entre um técnico e outro" – disse Rueda.
As informações são do Globo Esporte