Segundo a emissora britânica "BBC", subiu para três o número de mortos em decorrência do atentado sofrido pela seleção do Togo na última sexta-feira, em Cabinda, na Angola (confira no vídeo ao lado). Além do motorista do ônibus que levava a delegação, que faleceu após o ataque, o assessor de imprensa e o assistente-técnico da seleção togolesa faleceram neste sábado devido aos ferimentos causados por balas.
- O assessor Stanislas Ocloo e o assistente Abalo Amelete acabaram falencendo às 4 horas da madrugada - afirmou Kodjo Samlan à Agência France Press.
O ônibus que transportava a seleção foi metralhado por rebeldes separatistas do FLEC (Frente de Libertação do Estado de Cabinda). Dois jogadores (Kodjovi Obilalé e Serge Akakpo) saíram baleados. Apesar do incidente, a Confederação Africana de Futebol (CAF) confirmou a realização do torneio.
Em declarações publicadas pela agência de notícias ?Associated Press?, o goleiro da seleção do Togo, Kossi Agassa (que joga no Istres-FRA), ratificou a notícia da morte do assessor de imprensa e do assistente-técnico.
Segundo vários jornais europeus, a seleção do Togo decidiu se retirar da Copa Africana de Nações por causa do atentado. De acordo com o repórter Russel Fuller, da BBC, representantes da Federação de Futebol de Gana confirmaram que os togoleses estão deixando Angola rumo a Lomé.
Jogador togolês pede o cancelamento do torneio
Antes da decisão de deixar Angola, o meia togolês Guillaume Brenner falou sobre os momentos de terror e disse que, ao contrário do que pensam os dirigentes, a Copa Africana de Nações deveria ser cancelada.
- A escolta salvou nossas vidas. Se eles não estivessem lá, nós teríamos morrido. Não sei da onde os tiros vieram, sei que ficamos no chão e tinha sangue por todos os lados. Acho que a competição deva ser cancelada porque a segurança é mais importante do que tudo. A Copa do Mundo desse ano será na África e esse tipo de incidente não vai ser bom (para o torneio - afirmou Brenner, em entrevista ao portal ?Goal.com?.
A seleção do Togo está no Grupo B do torneio, cujo os jogos serão disputados em Cabinda (que também receberá uma partida das quartas de final), ao lado de Burkina Faso, Gana e Costa do Marfim. A estreia seria contra os ganeses, na segunda-feira.
A Federação de Futebol de Togo e nem a organização da CAN confirmaram oficialmente a notícia.