Os casos de racismo aumentaram na Itália, principalmente após a chegada de Romelu Lukaku, que tem sido vítima de ofensas raciais por parte da torcida e até da imprensa. Um dos destaques do Campeonato Italiano, o atacante Edin Dzeko, da Roma, analisou o problema e sugeriu uma solução.
- Quando eu jogava na Inglaterra, as coisas melhoraram bastante, os casos de racismo diminuíram. A Federação tem que intervir. Essas pessoas devem ser banidas dos estádios, não podem voltar a entrar. Não precisamos de racistas nos estádios - cobrou à 'Sky Sports', e completou:
- Penso que na Itália o problema do racismo assumiu proporções inesperadas. Do meu ponto de vista, cabe à Federação (Italiana) proteger os jogadores. É o único caminho - finalizou.
RACISMO - Na estreia de Lukaku, contra o Cagliari, a torcida da casa fez sons de macaco quando o atacante foi fazer a cobrança de uma penalidade. Após o caso, a própria torcida da Internazionale enviou uma carta aberta ao belga, dizendo que aquilo não era racismo. Neste domingo, o jornalista Fabio Ravezzani, foi demitido do canal 'TopCalcio24', depois de dizer que a única forma de parar Lukaku era "atirando dez bananas" nele.
AUMENTO - Dzeko jogou no Manchester City de 2011 a 2015. Apesar de dizer que o racismo diminuiu na Inglaterra, os números comprovam uma aumenta de injúrias raciais nos estádios britânicos. A organização inglesa 'Kick It Out', que trabalha na inclusão e no combate à discriminação, divulgou, em julho, um relatório que comprovou o aumento, em 47%, de casos de racismo dentro de estádios no Reino Unido na última temporada. Na atual, Tammy Abraham (Chelsea), Paul Pogba (Manchester United) e Raheem Sterling (Manchester City) já sofreram racismo.