Christiane Reppe, 29, foi furtada no mês passado. Tiraram-lhe a medalha de ouro conquistada na prova de ciclismo nos Jogos Paraolímpicos do Rio-2016. Agora, ela oferece uma recompensa de 500 euros (cerca de R$ 1,700) para quem a devolver.
O curioso da história é que o furto não foi no Rio de Janeiro, como parte da imprensa internacional e até das delegações estrangeiras temiam que pudesse ocorrer, mas na capital da Alemanha, Berlim. Pior: em algum lugar de acesso restrito dentro da estrutura montada para a famosa Maratona de Berlim.
“A medalha estava dentro da minha bolsa. Em nenhum momento tirei a medalha dali. Fui à sala de coletivas de imprensa, ninguém ali sabia que a medalha estava dentro da bolsa. Deixei a bolsa próxima a uma pessoa que conheço e fui ao pódio da Maratona de Berlim. Depois da coletiva de imprensa, não abri a bolsa e fui direto ao hotel. Só comecei a procurar na segunda-feira, quando me dei conta que não estava mais com a medalha. Eu e meu amigo procuramos em todos os lugares, passamos por todos os pontos em que estivemos nos dias anteriores e tentamos repassar na memória todos os minutos para lembrar onde poderia ter caído ou deixado. Nada. Ligamos no hotel, fomos à polícia. Não estava em lugar algum. Desesperada, decidi compartilhar na minha página pessoal no Facebook”, relatou a a atleta.
Esta foi sua primeira medalha paraolímpica de Christiane Reppe no ciclismo. Até então fora atleta da natação paraolímpica e já tinha dois bronzes de Atenas-2004. Christiane Reppe é amputada da perna direita acima do joelho, em decorrência de um tumor, ainda aos cinco anos de idade.
O Comitê Paraolímpico Alemão vai fazer o pedido formal para que envie uma nova medalha para Christiane.
“Eu fiquei tão triste, tão chocada com essa história. Não digo nem com raiva, a palavra é triste. Como alguém pode querer roubar uma medalha de ouro de outra pessoa? Por sorte, o Comitê Organizador do Rio-2016 ofereceu toda ajuda e acho que posso ter uma nova medalha. Espero”, disse.