Os jogadores da seleção francesa que estiveram na Copa do Mundo da África do Sul, onde tiveram uma participação classificada de "catastrófica" e "escandalosa", não renunciaram as gratificações como foi anunciado à época pelo capitão da equipe, Patrice Evra, revelou nesta terça-feira o jornal L"Équipe.
De acordo com o periódico francês, os atletas não quiseram assinar o documento emitido pela FFF (Federação Francesa de Futebol) que formalizava a desistência das gratificações dos patrocinadores - o valor do prêmio que foi divido entre os atletas ronda os R$ 4,7 milhões (cerca de 2 milhões de euros).
Evra, imediatamente após a eliminação da França no Mundial, garantiu diante da imprensa, em 22 de junho, que os integrantes da seleção iriam "renunciar" a todas as gratificações.
- Não aceitaremos um só centavo dos patrocinadores.
O L"Équipe, sem citar nomes concretos, explicou que quando a FFF pediu aos jogadores que asinassem os documentos eles responderam que nunca tiveram a intenção de ficar sem receber esse dinheiro, e que o capitão havia ido longe demais em seu afã para enfrentar à pressão que havia contra eles naquele momento.
Alguns estariam eventualmente dispostos a ceder uma pequena parte da soma, a correspondente à fase final do Mundial, nada mais. A federação, no entanto, entendeu que as palavras de Evra representam um compromisso firme em um gesto de reconhecimento de culpa, e contavam com esse dinheiro para equilibrar as contas da instituição, que no final de junho acumulava déficit milionário.