Atleticanos criam clima de guerra em hotel do rival e enfrentam PM

Torcedores atleticanos perturbam sono dos jogadores do Olimpia

Atleticanos criam clima de guerra em hotel do Olimpia | Reprodução
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A torcida do Atlético-MG criou um clima de guerra nas imediações do hotel Caesar Business, onde está hospedada a delegação do Olimpia. Cerca de 500 pessoas com foguetes, bombas, gritos, apitos e buzinas causaram grande transtorno no local. Durante o ocorrido, houve conflitos entre policias e torcedores alvinegros.

A intenção dos atleticanos era atrapalhar o sono dos jogadores do time paraguaio, que enfrentarão o Atlético nesta quarta-feira, no Mineirão, pela final da Libertadores. No entanto, não houve a confirmação de que os atletas estrangeiros realmente passaram a noite no hotel.

Por volta de 21 h, os fãs já estavam nos arredores do bairro Belvedere, área nobre de Belo Horizonte, para fazer a bagunça. Mais tarde, o cenário se tornou assustador em função da grande quantidade de foguetes, bombas e sinalizadores que estouravam pelas ruas bem próximo às pessoas. O barulho era ensurdecedor e muitos clarões iluminavam o céu da cidade seguidos por uma cortina de fumaça.

Os atleticanos tomaram conta do local, incomodando os vizinhos da região que acionaram a polícia. A Polícia Militar, que prometeu ao Olimpia reforçar a segurança, chegou quase quatro horas depois do início do foguetório e teve dificuldade para conter os torcedores.

Os homens do 22º batalhão impediram que os torcedores arremessassem foguetes no hall do hotel e armaram uma barreira com grades para afastar as pessoas do estabelecimento. Eles, no entanto, deram a volta no quarteirão e passaram a soltar fogos e bombas na parte de trás do hotel.

Pouco antes de 2 horas, houve confronto entre um policial e dois torcedores. Um PM se irritou com um torcedor que o acusava de "roubar seus foguetes" e partiu para cima agredindo-o com um cassetete. O policial fez o mesmo com um rapaz que o xingou ao ver a cena.

Estamos tentando manter a ordem contra a perturbação do sossego, mas estão extrapolando o limite", disse o comandante Howard, do 22º batalhão de choque que chefiou a operação no local.

Para dispersar a multidão, os policiais ameaçaram atirar balas de borrachas e bloquearam a rua Desembargador Jorge Fontana que dava acesso à área de trás do hotel.

Situação parecida já havia acontecido na madrugada de terça-feira, quando um grupo de torcedores fez barulho e soltou fogos próximo ao hotel. O fato incomodou os jogadores e dirigentes do Olimpia, que reclamaram da recepção da torcida alvinegra. No período da tarde, dirigentes do clube foram até a Polícia e prestaram um boletim de ocorrência contra a torcida.

O Olimpia cogitou a possibilidade de sair do hotel Caesar Business para evitar problemas na madrugada. Com a Toca da Raposa II oferecida ao clube, os dirigentes paraguaios optaram em continuar no local localizado no Belvedere, mas houve rumores de que eles não dormiram no hotel.

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