Mais de 90 anos de rivalidade foram prólogo para aquilo que está por vir: os dois maiores clássicos da história do futebol mineiro. Atlético-MG e Cruzeiro, pela primeira vez, levarão sua dicotomia a uma final de campeonato nacional – a Copa do Brasil.
Avizinham-se dois encontros para a posteridade em Minas Gerais. E os jogadores, tão logo eliminaram Santos e Flamengo nesta quarta-feira, começaram a mergulhar nesse ambiente. Cruzeirenses e atleticanos compartilharam uma certeza: Belo Horizonte vai respirar o clássico por três semanas (o primeiro jogo será na semana que vem, dia 12, e o segundo acontecerá no dia 26). Eles já imaginam o impacto que vitória ou derrota terá em suas histórias com as camisas dos dois clubes. - Não há dúvidas de que vai parar Belo Horizonte. O Brasil todo vai querer ver – resume Marcelo Moreno, autor de um dos gols do empate por 3 a 3 com o Santos nesta quarta-feira, na Vila Belmiro.
Marcos Rocha, lateral-direito do Atlético-MG, usa discurso quase igual ao do oponente. Também prevê cidade em êxtase. - Agora, é uma final contra nosso maior rival, o Cruzeiro. Belo Horizonte vai parar. A frase também é usada por outro atleticano, o atacante Carlos. Formado na base do Galo, ele conhece bem a rivalidade. - Belo Horizonte vai parar. Minas vai parar. Vai ser mais emocionante do que já foi agora. Na Copa do Brasil de 2000, quase aconteceu uma final mineira.
Os dois chegaram às semifinais. Mas apenas o Cruzeiro foi à decisão. Eliminou o Santos. O Atlético caiu para o São Paulo. Em 1987, na Copa União, aconteceu algo parecido. Os dois chegaram às semifinais e abriram a possibilidade de uma decisão mineira. Mas ambos foram eliminados: o Galo pelo Flamengo, a Raposa pelo Inter. Já ocorreram cinco clássicos entre os clubes em 2014. No Campeonato Mineiro, houve três empates por 0 a 0 – o Cruzeiro foi campeão por ter melhor campanha. No Brasileirão, o Atlético venceu as duas: 2 a 1 e 3 a 2.