A ausência de Adriano na festa da CBF na segunda-feira à noite acionou a "Operação Resgate Dois". Preocupados com a repercussão negativa com Dunga e toda a cúpula de futebol - e que isso prejudique a convocação do atacante para a Copa de 2010 - amigos do jogador tentaram fazer com que ele deixasse a favela da Vila Cruzeiro.
Eles estranharam o fato de o empresário do atacante, Gilmar Rinaldi, ter dito à imprensa, na segunda-feira, que o jogador estava comemorando o título do Flamengo com um churrasco na comunidade do subúrbio carioca. O próprio Adriano teria ficado incomodado com Gilmar.
O atacante foi aconselhado por amigos a deixar a Vila Cruzeiro, mas até a noite de terça permanecia na casa que comprou há algum tempo e na qual ficou nos dias em que foi dado como desaparecido, em abril, antes de acertar seu retorno ao Flamengo. Na ocasião, a mãe, Rosilda, foi a responsável por convencer o jogador a voltar para casa, na Barra da Tijuca.
A gaúcha Cássia Menega não acompanhou o namorado na incursão. Até terça à tarde, ela ainda estava no Rio, com alguns parentes que estiveram na festa do hexa e no seu aniversário, no domingo.
Adriano em alguns momentos fica incomunicável na favela, mas em outros faz contato com os amigos. Segundo pessoas próximas, ele pediu que um dos companheiros levasse dinheiro até a Vila Cruzeiro.
Recentemente, Adriano estava saindo pouco de casa, para evitar qualquer problema. Porém, nas últimas semanas ele voltou a frequentar constantemente a favela, onde anda de moto e teve a queimadura que o tirou do importante jogo contra o Corinthians.
Na segunda-feira, Gilmar Rinaldi justificou a ausência de Adriano nas premiações do Brasileiro da seguinte maneira: "O Adriano, infelizmente, não pôde vir. É dia de festa, e ele está fazendo o que mais gosta: churrasco na comunidade".
Na última terça, a mãe do jogador não quis comentar a vida pessoal do filho e voltou a afirmar que Adriano ainda não pensou sobre a permanência ou não no Flamengo em 2010.