Auxiliar de Tite indica convocação de Lucas Paquetá na quinta

Cléber Xavier indica que comissão quer milanista jogando próximo de Neymar. Richarlison, Vinicius, Everton e David Neres são citados como possíveis substitutos de camisa 10.

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O técnico Tite faz a convocação para amistosos com o Panamá e República Tcheca na próxima quinta-feira - os jogos estão marcados para o dia 23 e 26 de março, respectivamente -, mas um nome é barbada: Lucas Paquetá.

Auxiliar técnico de Tite, Cléber Xavier revelou - em entrevista ao podcast "Footure Futeboleiros" - os planos da comissão técnica em contar logo com o milanista revelado no Flamengo. O desejo é de ter o versátil jogador atuando próximo a Neymar, um pouco atrás dos homens mais avançados.

Ao gosto de Cléber, Paquetá tem mais utilidade quando se movimenta próximo dos atacantes. Ele lembrou que, no Flamengo, a posição de meia mais recuado não lhe agradava tanto, pois o meia ficava muito distante do gol adversário.

Efe

- Quando jogou lado do Cuéllar gostei pouco. Com Dorival, mais à frente, já me chamou mais atenção. essa característica dele de chegada. No Milan está fazendo jogo mais simples, mais concentrado, mais posicional. É pouco ainda de observação do Paquetá, mas eu acho, para o meu gosto, que ele mais perto do gol tem mais possibilidades de sucesso. Tem boa definição, infiltra bem com ou sem bola, tem bom cabeceio, então ele vai nos ajudar muito - disse o auxiliar de Tite.

Assim como o treinador, Cléber Xavier também manifestou pesar, ao programa "Footure Futeboleiros", pela ausência de mais jogos para observar Paquetá. Pelas dificuldades de ajustes com o calendário brasileiro, no momento que o jogador ainda estava no Flamengo.

- Infelizmente não pudemos contar mais vezes com ele. Mas agora dificilmente não vai estar com a gente. A não ser que aconteça alguma coisa, vai estar na convocação de março, vai estar na convocação da Copa América. Como no Milan, um pouco mais à frente, chegando mais perto do pivô central, mais perto ali do Neymar ou de quem for jogar no lugar do Neymar no lado esquerdo, sustentando, porque é um menino que tem muita entrega sem a posse - elogiou Cléber.

Lucas Figueiredo/CBF

Além de Paquetá, o auxiliar de Tite, que trabalha há quase duas décadas com o técnico da seleção brasileira, revelou que deve ter até duas novidades para as próximas listas. Sem grandes mudanças já pensando na equipe e nos testes de olho na Copa América, que será disputada em junho no Brasil. No grupo brasileiro, estão Bolívia, Venezuela e Peru.

- A tendência agora nessa última convocação antes da Copa América é olhar mais um ou dois atletas, para se somar àqueles que já olhamos nos amistosos do fim do ano passado. Vamos ficar sem Neymar, sem Douglas Costa, com lesão recente, vamos procurar colocar em prática essa renovação - disse o assistente da seleção.

Reflexões sobre a França na Copa e o futebol brasileiro

Em outro momento da entrevista, quando citou métodos de rápida assimilação para jogadores que vão se somando ao grupo - "são cinco, seis, sete treinos para buscar detalhes, conversar, mostrar o que a gente quer" - , Cléber Xavier abriu o leque de opções que enxerga para o lugar de Neymar na ponta esquerda. Por sinal, a posição preferia do auxiliar para Neymar na seleção brasileira.

- A gente tem preparado isso (para mostrar funções em campo), especificamente, para o Paquetá ou para jogadores externos que tem surgido. Tem o Vinicius Junior, o David Neres, o próprio Everton, do Grêmio, que a gente já trouxe. Tem o Richarlison, que joga por dentro, mas pelos lados também - comentou.

Cléber Xavier fez reflexão sobre as novidades que apareceram neste ano em trabalhos deste início de temporada. Citou Fernando Diniz, no Fluminense, Jorge Sampaoli, no Santos, além de exemplos mais recentes, como Odair Hellman, pelo Internacional, Lisca, no Ceará, e Thiago Nunes, no Athletico. E também lamentou a demissão de Jardine, no São Paulo.

- A maioria dos times no Brasil tem jogado com bola quebrada, disputada, sem iniciação de qualidade. Sem novidades nas estratégias. Isso continua dominando - disse, sem se eximir de analisar a última Copa do Mundo. - A Copa foi ganha de maneira que não gosto. Com futebol reativo da França. Meu gosto é ao contrário. Uma vez fiz um comentário: (nossa ideia) não é tão ofensiva quanto às equipes do Guardiola nem tão defensiva quanto as do Mourinho. Há um equilíbrio. A gente gosta de uma defesa bem postada, de sair para o jogo e manter um resguardo, um posicionamento que a gente chama de iniciação sustentada. Sai, mas sem deixar espaço na perda da bola, para rapidamente roubar a bola do adversário - disse Cléber Xavier.

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