O governo brasileiro autorizou nesta terça-feira a Força Aérea Brasileira (FAB) buscar uma delegação paralímpica de natação com dez integrantes que está isolada em Quito. O grupo viajou para o Equador no último dia 3 para a disputa de uma seletiva para os Jogos de Tóquio, evento adiado pelo COI para 2021.
Nove atletas e o treinador Antônio Luiz Duarte Cândido, da equipe de Indaiatuba, desembarcaram em Cuenca no início do mês para iniciar treinamento específico na altitude de 2,5 mil metros. A intenção era melhorar o preparo físico do time de olho na seletiva que começaria nesta quinta-feira. No dia 13, a competição foi cancelada por causa da pandemia do novo coronavírus. Informações do site Terra
"No mesmo dia solicitei o retorno da equipe, só que as passagens custavam R$ 8 mil por pessoa. No dia seguinte, o aeroporto nacional do Equador fechou e ficamos isolados em Cuenca", contou Cândido em entrevista ao Estado por telefone.
O treinador procurou o Comitê Paralímpico Brasileiro e a embaixada do Brasil no Equador. Ao mesmo tempo, precisava manter a calma dos atletas. "Tentei estabelecer uma rotina para que eles não ficassem só vendo as notícias, para que permanecessem tranquilos. Passamos a fazer ioga pela manhã e à tarde a fazer treino aeróbico dentro dos quartos. Também passamos a cozinhar juntos e dividir as tarefas do dia a dia."
Com apoio da embaixada brasileira, no sábado, a delegação conseguiu deixar Cuenca de ônibus e foi para um hotel em Quito. "Até agora ninguém entrou em pânico. É tanta coisa para me preocupar que não tive tempo para isso. Está tudo muito corrido, tenho que falar com muita gente, fazer compras aqui para todo mundo, dividir treino", contou.
A boa notícia veio nesta terça-feira, quando o governo autorizou que o avião da FAB fizesse o resgate. "Demos pulos de alegria aqui", comemorou Cândido. O treinador disse que ainda não sabe a data do retorno. A expectativa é para que aconteça ainda nesta semana. "Não nos passaram nada. Estamos aguardando aqui e cumprindo as determinações", encerrou.