Barcos decide com três gols, Grêmio bate Juventude e avança às semifinais

Tricolor tem atuação segura e supera time treinado pelo ídolo Roger, com 3 a 0. Na próxima fase, a equipe de Enderson recebe o Brasil de Pelotas també

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O Grêmio deixou a gratidão ao ídolo Roger Machado fora do gramado da Arena, na tarde ensolarada deste domingo. Dentro de campo, deu poucas chances ao Juventude, comandado pelo ex-lateral multicampeão pelo Tricolor entre 1993 e 2003, e garantiu a classificação à semifinal do Gauchão sem grandes sobressaltos. O 3 a 0 foi construído com uma superioridade do tamanho do estádio do bairro Humaitá, com gols de um jogador que, se ainda não anotou na Libertadores, vive fase abençoada no estadual. Barcos abriu, recheou e definiu o placar, chegando a 12 tentos em 15 partidas, artilheiro isolado e absoluto da competição - os demais no ranking têm sete.

Primeiro, fez de cabeça, depois, em pênalti e, por fim, com drible seco sobre o goleiro antes de empurrar às redes. Finalizações seguras, sóbrias e sem enfeites. Um resumo desse competente e promissor Grêmio de Enderson Moreira. E uma resposta do centroavante, que, pela primeira vez, faz um hat-trick (três gols num jogo) vestindo a tricolor. Aliás, a última vez que isso ocorreu no clube fora em 2011, com André Lima, em confronto com o Atlético-PR.

Será novamente na Arena, às 19h30m de quarta, o duelo com o Brasil de Pelotas, em novo jogo único, que vai decidir uma das vagas à decisão do estadual. Na outra semifinal, estão Inter e Caxias, que se enfrentarão no Estádio do Vale. Caso passe à final, o Tricolor só tem chance de decidir o mata-mata em casa se o time grená suplantar o Colorado, uma vez que este último já tem garantida a melhor campanha geral.

Além da vaga e da afirmação de Barcos, o Grêmio se reencontra com a história. Volta a vencer o Juventude depois de quatro anos, ou seis partidas. O último triunfo havia sido em abril de 2010. Sem contar que, no ano passado, o time de Caxias do Sul havia eliminado o Tricolor num jogo único, na semifinal do segundo turno do estadual. Portanto, um domingo sem ressalvas.

Ovação a Roger e gol cedo

O Grêmio começou como um anfitrião educado. A Arena inteira, com seus 23.718 mil torcedores (segundo maior público do Gauchão, atrás apenas do Gre-Nal de 9 de fevereiro), aplaudiu Roger Machado e seus serviços prestados ao Grêmio. Desde fevereiro no Juventude, o novato técnico fez uma bela campanha de recuperação com o Juventude. Mas o desafio deste domingo parecia muito mais inglório.

Já é naturalmente difícil bater o Grêmio na Arena, algo ainda inatingível em 2014. Quando o time de Enderson Moreira resolve amassar visitante, fica ainda mais complicado. Embora sem Alan Ruiz e com Edinho - o técnico havia testado formação mais ofensiva no treino, mas optou por repetir o time que empatara com o Newell"s na quarta -, o Tricolor, em nenhum momento, abdicou de atacar. O Juventude não conseguiu tocar na bola. Só o fez ao buscar a bola na rede, logo aos nove minutos. Pará arranjou cruzamento preciso na cabeça de Barcos: 1 a 0. A assistência foi tão boa que o argentino correu até o lateral e o ergueu, em carinhosa homenagem.

- Ele merece o reconhecimento - explicou o centroavante e capitão.

Ju melhor, mas não assusta

A pressão continuou. Seguro, o Grêmio, trocava passes com calma. Está certo que arriscou pouco. Destaque para chutes de Luan e Dudu, de fora da área, ambos para fora. O Juventude só conseguiu chegar ao ataque aos 28 minutos, em jogada individual do bom e jovem e meia Yann. O chute passou raspando o poste. Sinal do acerto de Roger em sacar o volante lesionado Vacaria e alçar mais um atacante, Ermel. Mas a ascensão esmeraldinha não conseguir ir muito além. Na verdade, o 1 a 0 se mostrou barato ao final do primeiro tempo.

- Vamos manter a concentração para fazer o segundo gol - decretou Ramiro.

A ordem do vestiário foi bem seguida pelos jogadores. Sem antes perceberem uma sensível evolução no Juventude, que passou a frequentar a área gremista com mais frequência, com velocidade, mas sem finalização perigosa. Melhor para o Grêmio, mais agudo e mortal. Aos seis minutos, Barcos quase marcou em potente tiro cruzado. Aos 12, no entanto, não perdoou.

A nova chance para o Pirata surgiu num pênalti. Dudu ofereceu a Wendell, que acabou derrubado na grande área. O fortão Anderson Daronco apitou para a cal, nem precisava replay. O chute de Barcos também não teve frescuras. No meio do gol, 2 a 0. Dudu voltaria a ser protagonista. Aos 26, ofereceu bola a Barcos, que não caiu, driblou o goleiro e ampliou. O argentino marcou seu 12º gol em 15 partidas no Gauchão, artilheiro isolado e que terá mais uma chance para aumentar a conta no meio da semana, diante do Brasil de Pelotas. O Gauchão esquentou de vez.

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