Quem viu Vitor Belfort na luta contra Michael Bisping no último sábado, no UFC São Paulo, pôde reparar uma diferença em seu jogo. O carioca usou muito mais as pernas, com chutes altos perigosos. No primeiro round, ele acertou Bisping com esse golpe, mas o inglês não caiu. No segundo, porém, uma canelada do ex-campeão do Ultimate na cabeça do adversário abriu o caminho para a vitória. Vitor aproveitou o knockdown para partir para cima com tudo e alcançar a vitória com socos no ground and pound. O resultado da mudança do seu jogo tinha dado certo.
- O Henry é o cara que fez meu estilo K-1. Estou treinando muito com o Tyrone Spong, Zé Mario, Durinho. A equipe está muito forte, o Henry é um cara que treinou grandes lutadores. Eu me lembro da época do Carlson (Gracie), eu tinha mãos rápidas, mas não desenvolvia as pernas. Então, estou desenvolvendo, está sendo um prazer. Vejo que os pés, os joelhos e os cotovelos são coisas que o lutador do UFC tem que desenvolver bastante. Na Blackzilians, temos os melhores treinadores em todas as áreas - disse Belfort na coletiva após o UFC São Paulo.
O K-1 citado por Belfort é uma organização que promove lutas de trocação, ou seja, em momento algum o combate vai para o chão. Na organização já atuaram Alistair Overeem, Mirko Cro Cop, Mark Hunt e outros atletas que passaram pelo UFC. Faixa-preta de jiu-jítsu, o brasileiro também ficou mais conhecido no início da carreira no MMA pelo poder de suas mãos. Das suas 22 vitórias, 15 foram por nocaute.