Ricardo Costa conquistou neste domingo (16) a quinta medalha do Brasil no Mundial de Atletismo Paralímpico, em Londres. O sul-matogrossense da classe T11 (cego total) ficou com a terceira colocação e foi bronze no salto em distância - prova da qual é o atual campeão paralímpico. A competição é realizada no Estádio Olímpico, sede dos Jogos de 2012, e se estenderá até o dia 23. As informações são da assessoria de imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro.
O brasileiro de 35 anos ficou em terceiro lugar ao atingir a marca de 6,21m em seu quarto salto. A vitória ficou com o americano Lex Gillette, que registrou 6,27m, e faturou o seu terceiro título mundial consecutivo. Fechou o pódio o ucraniano Ruslan Katyshev, que conseguiu os mesmos 6,21m de Ricardo, mas tinha um segundo salto melhor do que o do brasileiro (6,17m contra 5,94m).
"A minha corrida oscilou bastante durante a prova, porque eu tentei ser um pouco mais veloz, e isso ocasionou a queima de quatro dos meus saltos. Tenho convicção de que qualquer um deles teria me dado a medalha de ouro. Eu estou voltando para casa muito satisfeito, porque sei que fiz o meu melhor, independente do resultado. O bronze está ótimo e é minha primeira medalha em um Mundial", disse Ricardo que, com apenas dois anos, já apresentava dificuldade para enxergar. Em 1996, descobriu que possuía a doença de Stargardt, que estava em estágio avançado e o deixou cego total.
Medalhas
Desta maneira, o Brasil já tem cinco medalhas neste Mundial de Atletismo. São dois ouros, duas pratas e um bronze. Na tarde deste domingo, outros brasileiros lutam por pódios. Além de Ricardo, a equipe do Brasil também contou com outros atletas em ação. Jhulia Santos classificou-se para a final dos 400m T11 feminino com o terceiro melhor tempo (59s73). Daniel Martins, da classe T20, fez a melhor marca nas semifinais dos 400m, com 48s87. Dois brasileiros qualificaram-se à decisão dos 100m T13 (baixa visão): Kesley Josué, com 10s94, e Gustavo Araújo, com 10s97, irão buscar medalhas.
Ariosvaldo Fernandes, o Parré, fez 26s29 e também seguiu adiante nos 200m T53 (para cadeirantes). Por fim, Rodrigo Parreira cravou um novo recorde das Américas para avançar à disputa decisiva dos 200m T36 (paralisados cerebrais).
Esta é a oitava edição do Mundial de Atletismo Paralímpico. Cerca de 1.300 atletas de 100 países são esperados nas 213 disputas por medalha, todas no Estádio Olímpico de Londres. Em 2015, em Doha, no Catar, o Brasil ficou com a sétima colocação no quadro geral de medalhas. Foram oito medalhas de ouro, 14 de prata e mais 13 de bronze.