A ponteira Jaqueline bem que avisou que a Seleção Brasileira ainda não tinha estreado neste Mundial. Neste domingo, as comandadas do técnico José Roberto Guimarães fizeram uma partida digna de uma campeã olímpica e "nasceram" dentro da competição ao atropelar a seleção da Holanda, por 3 sets a 0, com parciais de 25/19, 25/18 e 25/14. O adversário era tido como a primeira grande "pedreira" do time verde e amarelo, mas o que se viu em quadra foi apenas uma presa fácil.
Com o resultado positivo, o Brasil já está matematicamente classificado para a segunda fase da competição, mesmo se for derrotada nas duas últimas rodadas para Porto Rico e Itália. Mesmo assim, o grupo precisará manter o foco nos dois próximos jogos já que carrega os resultados obtidos em Hamamatsu para a próxima etapa do Mundial.
Jogando de forma leve e sem expressar a tensão vista nos duelos contra Quênia e República Checa, a Seleção viu excelentes desempenhos de peças chaves do grupo, como a capitã Fabiana, impecável no bloqueio, a oposto Sheilla, que encarou com tranquilidade a "parede" holandesa, além da ponteira Jaqueline, que foi muito bem na recepção. Uma surpresa do técnico Zé Roberto Guimarães também fez a diferença. O treinador sacou Dani Lins do time titular e colocou Fabíola como levantadora.
O jogo
Mostrando estar com uma pegada diferente das outras partidas, a Seleção entrou acesa em quadra e no saque de Sheilla conseguiu abrir uma vantagem de dois pontos (3 a 1). Até a primeira parada técnica a diferença só foi aumentando e o Brasil chegou ao intervalo com 8 a 3 no placar.
A Seleção seguia com a motivação lá em cima e em um bloqueio de Sheilla e um ataque de Fabiana fez 12 a 6 para irritação do técnico Avital Selinger, que parou a partida para dar uma bronca em suas jogadoras. De nada adiantou e o time verde e amarelo chegou para a segunda parada técnica com a incrível vantagem de 16 a 7 no marcador.
Em grande partida de Fabiana e com a recepção funcionando de forma perfeita, a Seleção foi crescendo mais e mais a diferença. No final do set, duas marcações polêmicas do árbitro de cadeira Dejan Jovanovic contra o Brasil irritaram o técnico Zé Roberto, o time verde e amarelo e a torcida. A Holanda tirou proveito do momento conturbado e diminuiu consideravelmente o prejuízo. Mesmo assim, o Brasil fechou o primeiro set por 25 a 19.
O segundo set começou novamente com o Brasil dominando o placar. No saque de Jaqueline, a equipe verde e amarelo conseguiu abrir 3 a 0, em um ataque de Sheilla, depois de um belo rali, e dois erros bobos da equipe holandesa. Com um ataque de Fabiana, as comandadas de Zé Roberto chegaram ao primeiro intervalo do set com 8 a 5 no marcador.
O Brasil não perdia o foco e marcou três pontos seguidos (12 a 7) com um bloqueio perfeito de Thaisa e dois ataques na diagonal de Sheilla, fazendo novamente as holandesas serem obrigadas a parar o jogo para tentar consertar o que estava errado.
Depois da segunda parada técnica, Zé Roberto resolveu dar um descanso apara Natália e colocou Sassá em quadra. A produção da Seleção não diminuiu com a mudança de ponteira e, assim como no primeiro set, a equipe ia passeando dentro de quadra. Resultado: mais um set ganho (25 a 18).
Quem esperava uma Holanda voltando com tudo para tentar uma salvação na partida se enganou completamente. A Seleção Brasileira atropelou mais fácil ainda que nos dois sets anteriores e fechou a partida com um massacrante 25 a 14.