Marcos Kwiek, ex-auxiliar do técnico Zé Roberto, está agora no comando da equipe da República Dominicana que enfrentará a seleção brasileira nesta sexta-feira (10). Após levar a equipe dominicana à classificação inédita para a terceira fase de um Mundial, tenta arrancar de seu próprio país uma vitória heroica, para garantir vaga nas semifinais da competição. O “caliente” duelo entre as latinas será às 12h30 (horário de Brasília), no Mediolanum Forum, em Milão. A seleção brasileira já está garantida entre as quatro semifinalistas e segue firme em busca do desejado título inédito.
- Ele fez um trabalho muito bom. É a primeira vez na história da República Dominicana que ela entra entre as seis. O Marquinhos sabe trabalhar, tem um carinho muito grande por aquilo que faz. Ele vive voleibol 24 horas por dia. Eu tenho um carinho muito grande por ele, porque vi o Marquinhos nascer como técnico. Então, fico feliz pelo trabalho que ele realizou, pelo resultado que obteve – afirmou Zé Roberto.
De 2003 a 2007, Marcos Kwiek, o Marquinhos, foi um dos assistentes técnicos de Zé Roberto no comando da seleção feminina. Juntos, lapidaram alguns dos principais nomes do vôlei do país que, nas Olimpíadas de Pequim 2008 e Londres 2012, subiram no alto do pódio. Nos quatro anos em que estiveram juntos comandando o time do Brasil, além de tantos outros de parceria em passagens por clubes, Kwiek foi um bom “aluno” de Zé. Hoje, na carreira como técnico de um outro país, tenta colocar em prática todos os ensinamentos passados pelo treinador mais vitorioso do esporte no mundo.
- Ele é um cara que é referência no voleibol mundial. Acho que todos os técnicos buscam aprender com ele. O Brasil está há uns 12 anos em um nível excelente, graças ao trabalho dele e da comissão técnica, que é muito competente. A gente tem que se espelhar, ele é referência. O ideal no mundo é o time do Brasil. Eu tive a minha vida profissional praticamente inteira com o Zé. Ele me ensinou muito – contou Marquinhos.
A busca por voos mais altos e independentes fez o auxiliar trocar a seleção brasileira pela República Dominicana, em 2008. Na “nova casa”, tem dado passos importantes. Em 2010, as dominicanas foram campeãs da Copa Pan-Americana e, em 2009, 2011 e 2013, levaram a medalha de prata. Mas o feito mais expressivo o treinador vem garantido agora, no Mundial da Itália. Já colocou sua equipe entre as seis melhores do torneio e, nesta sexta, tem a chance da classificação inédita para as semifinais. Para isso, porém, precisa de uma vitória heroica contra o Brasil, que já está classificado. A briga pela segunda vaga está entre as latinas e as chinesas.