A Seleção Brasileira teve de suar muito mais do que se esperava para passar de virada pela República Checa na segunda rodada do Mundial Feminino de Vôlei. Sofrendo com os saques das europeias, a equipe verde e amarela se viu em situação complicada por muitas vezes e precisou superar as falhas na recepção para vencer no tie-break, com parciais de 22/25, 25/22, 23/25, 25/20 e 15/9.
Depois do sufoco contra as checas, a equipe brasileira promete ter a vida ainda mais complicada no jogo de amanhã, contra a Holanda, a partir das 7h (horário de Brasília). O confronto é um dos mais difíceis e aguardados do Grupo B, junto com o duelo contra as italianas na última rodada.
O jogo
Minutos antes da partida, a incógnita sobre a presença ou não da oposto Sheilla foi solucionada. A jogadora, que foi poupada da primeira partida e do treino de ontem, começou como titular, assim como Natália, que também havia ficado de fora do duelo contra as quenianas.
A partida começou disputada, com as checas abrindo vantagem de dois pontos no saque de Plchotova, que complicou a recepção brasileira (4 a 2). As europeias foram abrindo mais vantagem, depois que Sheilla parou no bloqueio triplo. Em um ataque no meio de rede da grandalhona Pastulova, a República Checa foi para parada técnica vencendo por 8 a 5.
O Brasil voltou melhor e em um belo rali com excelentes defesas de Fabi e Natália, a Seleção encostou no placar em um ataque no corredor de Jaqueline. Em um ataque de Natália, a equipe verde e amarala empatou a partida em 9 a 9.
Pouco antes da segunda parada técnica, a Seleção virou em um erro de Havelkova, mas rapidamente as checas voltaram a frente no marcador em um bloqueio. Depois da conversa com Zé Roberto, a Seleção novamente se ligou na partida e abriu dois pontos de vantagem com um bloqueio de Natália e um ataque de Jaqueline, que fez grande trabalho defensivo. A melhora brasileiro fez o técnico checo pedir tempo.
A partida seguia muito acirrada e no saque de Plchotova as checas voltaram a dominar o set, abrindo 22 a 20 em um ataque errado de Sheilla. A mudança no marcador fez o técnico Zé Roberto Guimarães pedir dois tempos técnicos em apenas três pontos disputados. Porém, não deu resultado. Em um ataque de Pastulova, as checas fecharam o primeiro set em 25 a 22.
O segundo set começou com as checas abrindo 2 a 0 depois de um erro de recepção de Jaqueline. A Seleção, porém, recuperou a desvantagem rapidamente e virou o marcador em um bloqueio de Sheilla e um ataque errado das checas (3 a 2).
Mostrando que o susto do primeiro set deu resultado, a equipe verde e amarela foi se distanciado no placar e com um ataque e um bloqueio de Fabiana abriu 11 a 4. As checas mostraram sofrer um pouco com a falta de experiência e até perderam ponto por erro na formação em quadra. A Seleção foi para segunda parada técnica com fáceis 16 a 7 no marcador.
As checas esboçaram uma reação e diminuíram para 18 a 13, em um ataque de Natália que parou no bloqueio. A Seleção se perdeu um pouco em quadra e viu a vantagem diminuir para 20 a 19, em um ataque de Havelkova que desviou no bloqueio brasileiro. O Brasil, porém, mostrou equilíbrio para se manter a frente e fechou a parcial em um ataque no meio de Thaisa: 25 a 22.
A Seleção começou vencendo o terceiro set, mas rapidamente viu as checas virarem para 5 a 3, o que fez Zé Roberto fazer sua primeira substituição na partida, colocando Sassá no lugar de Natália. Mesmo com a mudança, a equipe brasileira viu as checas abrirem 10 a 6 em um erro de recepção de Jaqueline.
O Brasil, aos poucos, foi recuperando o prejuízo, mas se viu na segunda parada técnica com uma desvantagem de 16 a 13. A situação da equipe verde e amarela continuava complicada. Zé Roberto resolveu colocar Adenízia no lugar de Thaisa e Fabíola no lugar de Dani Lins. As mudanças até deram resultado, com o Brasil encostando no marcador no saque de Sheilla. Mas a diferença das checas era grande e a terceira parcial foi vencida pelas europeias por 25 a 23.
Zé Roberto voltou para o quarto set com Fabíola como levantadora. A entrada foi benéfica para a Seleção na partida, que começou na frente do placar e chegou na primeira parada técnica vencendo por 8 a 5. Com bom desempenho na recepção e bons saques de Fabiana, a equipe brasileira abriu 12 a 6, obrigando o técnico checo a parar o duelo para consertar os problemas em sua equipe.
A Seleção seguia dominando a parcial, mas se viu um pouco ameaçada antes da segunda parada técnica, com as checas diminuindo a desvantagem para 15 a 13. Mais uma vez, foi necessário o equilíbrio e a experiência para fechar o set em 25 a 20, em um ataque de Sheilla.
No quinto e decisivo set, a Seleção se fez valer da experiência para dominar a parcial. Depois da parada técnica, a equipe conseguiu através de um bloqueio de Thaisa e um ataque de Sheilla, após um longo rali, abrir três pontos de vantagem no marcador. Com a boa diferença foi só administrar e fechar o jogo em um 15 a 9.