A testa franziu logo no segundo jogo. Não bastasse a segunda derrota para a Itália, em plena Jaraguá do Sul, o Brasil ainda viu Ivan Zaytsev anotar 23 pontos. Na parada seguinte, em Maringá, a Polônia B também derrubou o anfitrião uma vez. Assim como fez o Irã, em São Paulo. Nos seis compromissos dentro de casa, a seleção venceu apenas dois.
Oscilava demais e não encontrava palavras para explicar o que estava acontecendo. A cada revés, treinava mais forte na esperança de voltar aos trilhos fora do país. Só que a situação ia se complicando e a classificação para a fase final parecia muito, muito distante.
A confiança estava abalada diante de uma campanha de seis derrotas em nove partidas. A pior de sua história. Bernardinho se dizia decepcionado e mexia com os brios de seus comandados. Lembrava que em outras situações o grupo havia se superado. O time respondeu vencendo a Polônia e entrando na última rodada com a Itália precisando de dois triunfos por 3 a 0 ou 3 a 1 para avançar.
Passou na conta do chá. Mostrou que o Brasil estava de volta e com fome. Em Florença, despachou a Rússia, a Itália e chegou à final da Liga Mundial. Agora, na briga pelo seu 10º título na competição, terá de passar pelos Estados Unidos.
O confronto será neste domingo, às 15h30 (de Brasília), mais cedo, às 12h30, os italianos enfrentam o Irã pela medalha de bronze.
- Nesta fase final, todo mundo está bem solto e bem fisicamente. Fizemos um jogo quase perfeito contra a Itália. Foi um esforço de equipe. Sinto que passamos pelo momento mais duro nessa competição e agora estamos confiantes.
Falta mais um passo para o nosso primeiro objetivo (o segundo é o tetra no Mundial da Polônia) - disse Lucarelli.
A última vez que o time de Bernardinho ergueu o troféu foi em 2010. Nas edições de 2011 e 2013, não resistiu aos russos e teve que se contentar com o segundo degrau do pódio. Já os Estados Unidos esperam desde 2008 para colocar no currículo seu segundo título. Chegou perto em 2012, quando mediu forças com os poloneses.